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Sabor

De costela a frutas cristalizadas, comerciante inventa 30 sabores de linguiça

Paula Maciulevicius | 28/10/2013 06:44
A propaganda, ninguém faz melhor do que o próprio fabricante e apreciador. “Eu que tempero, faço diferente", diz o comerciante Wilson. (Fotos: Marcos Ermínio)
A propaganda, ninguém faz melhor do que o próprio fabricante e apreciador. “Eu que tempero, faço diferente", diz o comerciante Wilson. (Fotos: Marcos Ermínio)

Há três anos os pedidos dos amigos fizeram com que o comerciante Wilson Cristovam Lemos, de 62 anos, se dedicasse a fabricação em escala das linguiças com sabores nada tradicionais. De picanha, costela, carneiro até frutas cristalizadas, do moer ao tempero, tudo é feito pelas mãos do dono.

A proposta do comércio chamou a atenção do Lado B, afinal que campo-grandense que não queima uma carne no final de semana? Para a sorte do ‘seo’ Wilson a resposta é uma grande maioria que até se perde as contas.

A primeira receita, de linguiça cuiabana, com carne seca, veio trazida do interior de São Paulo. Depois da amostra dos serviços, as encomendas não pararam mais até que da produção ele montou uma loja, na avenida Mato Grosso, quase esquina com a rua Espírito Santo.

A propaganda, ninguém faz melhor do que o próprio fabricante e apreciador. “Eu que tempero, faço diferente. Tem milhares que moem a carne, tempera e embala em seguida. O nosso pode ficar 20, 30 horas no tempero, em bandeja na câmara fria e só é embalada depois de 12h”, explica.

Segundo Wilson, o produto é artesanal e sem conservantes. Ele também atende sob encomendas em casos de clientes com restrições de alimentos específicos.

Entre as invenções, a curiosidade de misturar gostos também pega o salame.
Entre as invenções, a curiosidade de misturar gostos também pega o salame.

A paixão por cozinhar ele diz que é como um dom. “Gosto de mexer com cozinha, quem ama o que faz, faz muito mais”, comenta. Uma das linguiças mais diferentes é a de frutas cristalizadas, com figo, pêssego e abacaxi. A Califórnia também é uma boa pedida, feita com fraldinha.

Uma das invenções é a linguiça sarapatel, feita de miúdos de porco fermentados no shoyu, a outra é a pantaneira, a cara do sul-mato-grossense, fraldinha temperada no leite e embalada em pedaços de mandioca, a de maior saída, informa o comerciante.

O espaço, na avenida Mato Grosso, n. 2308 é pequeno, só para passar, pegar e levar. Mas tem amostra salames, carnes prontas para o carreteiro e claro, o carvão que não pode faltar. A produção é feita em casa, mas tudo com alvará sanitário, garante Wilson, na região mesmo, no bairro Coophafé.

Os novos sabores são incrementados ao cardápio a medida em que os amigos aprovam. “A gente cria, faz degustação entre os amigos e o pessoal vai dizer, apesar de sempre dar certo”, assegura.

O tempo médio na churrasqueira da linguiça artesanal não ultrapassa 40 minutos, mas claro que tudo depende do ponto preferido pelo consumidor.

Os preços cabem no bolso e a linguiça é vendida de R$ 9,90 até R$ 29,90 a peça. A casa, chama Linguiça Executiva e atende na segunda, a partir das 14h e de terça a domingo das 8h da manhã em diante.

O telefone para encomendas, reservas e até uma prosa com o comerciante é o 9286-7799.

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