Em ramo concorrido, garaparia tem sistema self service e acrescenta até gengibre
Aparecido Guilherme, de 63 anos, procurava um ponto, mas achou uma sombra e ali ficou. Hoje, já são três anos vendendo garapa na avenida Senador Filinto Müller, próximo ao Lago do Amor e em um sistema diferente, o self service.
A bebida é vendida a R$ 3,50, e o cliente pode consumir a vontade e direto de uma torneira – engenhoca toda construída pelo garapeiro. A maior diferença em relação á concorrência está nos sabores. Para “inovar”, Aparecido acrescentou ao caldo até o gengibre.
As bebidas com sabores abacaxi, limão e gengibre ficam armazenadas em garrafas pet de 2 litros, enquanto o caldo tradicional é moído na hora. Ele conta que por dia, são extraídos da cana, cerca de 100 litros. “Dinheiro não dá, mas dá para passar o tempo”.
A nova profissão deixou para trás a correria da vida de vendedor de roupas e acessórios para cachorros, que eram produzidas pela esposa.
Ele conta que foi pesquisando o gosto do cliente e adotando as sugestões até chegar ao ponto dos sabores oferecidos por ele. “Tem cliente que chega a tomar 10 copos, porque é boa mesmo”, garante o garapeiro.
Por misturar outras frutas, o caldo de cana, perde o exagero do doce, e com o gengibre, fica ainda mais refrescante.
Há dois anos e meio, entre os negócios, o vendedor Bruno Melo, de 22 anos, fez da garaparia parada quase que obrigatória, ao menos uma vez por semana. “Atravesso a cidade pensando em tomar o caldo, é diferente”.