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Sabor

Espaço de gastronomia colaborativa é inaugurado com vencedora do Masterchef

Thailla Torres | 21/11/2017 07:30
Na Euclides da Cunha, um novo espaço abriu as portas nesta segunda-feira com todos os equipamentos necessários para os cozinheiros. (Foto: Elis Regina)
Na Euclides da Cunha, um novo espaço abriu as portas nesta segunda-feira com todos os equipamentos necessários para os cozinheiros. (Foto: Elis Regina)

O conceito de coworking, importado dos Estados Unidos, chegou à Gastronomia em Campo Grande. Na Rua Euclides da Cunha, um novo espaço abriu as portas nesta segunda-feira com todos os equipamentos necessários para os cozinheiros usarem em cursos ou degustações. O lugar também tem um empório com produtos diferentes à venda.

Para receber os primeiros convidados, quem apareceu por aqui foi a vencedora do Masterchef Profissionais, Dayse Paparoto, de 33 anos, que esteve pela primeira vez na cidade para uma aula show e noite de experiência gastronômica com menu assinado por ela.

Em entrevista ao Lado B, Dayse falou sobre a rotina de eventos e evidenciou o cotidiano de um chef de cozinha que nada tem de glamour.

Vencedora do Masterchef Profissionais, Dayse Paparoto, de 33 anos. (Foto: paulo Francis)
Vencedora do Masterchef Profissionais, Dayse Paparoto, de 33 anos. (Foto: paulo Francis)

Dayse se diz fascinada pela culinária regional por onde passa, mas dessa vez, admitiu desconhecer qualquer prato típico de Mato Grosso do Sul. “Me falaram só sobre o feijão tropeiro, mas mão conheço nada, queria muito saber o que vocês comem aqui”, afirma.

Depois de conquistar o público e sair vencedora do reality gastronômico, Dayse passa maior tempo fora do restaurante, em viagens, aula-show, palestras e na produção de cardápios para empresas. “Ainda passo a maioria do tempo cozinhando, mas quando não estou no Feed Food [restaurante em São Paulo onde é chef], estou em evento. Não tenho mais rotina, é cada hora em um lugar”.

Sem expectativas em relação à competição, a ganhadora se surpreendeu até aonde chegou, mas prefere destacar que o mundo dentro da cozinha, como chef, não tem nada de sofisticado. “Posso dizer que o Masterchef me deu visibilidade, adiantou pelo menos 10 anos da minha carreira. Mas o resto não tem nada de glamour, é muito trabalho, é pesado e uma energia totalmente diferente do que cozinhar em casa para os amigos”.

Durante os dois meses de exibição do programa, Dayse foi alvo de comentários machistas dos outros competidores, o que ela diz estar acostumada em um ambiente de pressão dentro dos restaurantes. “Nós [mulheres] enfrentamos isso diariamente em restaurantes de qualquer lugar do mundo. E com o tempo você vai se habituando, mas não é um trabalho fácil, toda vez que alguém me diz que sonha em ser chef de cozinha, eu falo toda a realidade”.

É preciso jogo de cintura, conforme Dayse, para administrar funcionários, clientes e, ao mesmo tempo, aplicar sua técnica para que os pratos cheguem a mesa com a característica do chef. “Quando o cliente chega ele não quer esperar muito. Então nesse meio tempo você precisa lidar com os cozinheiros, o garçom, o cliente apressando, o fogo e o calor dentro da cozinha. Se cai uma gordura no seu braço, não há como largar o trabalho e ir embora, você tem que continuar trabalhando com dor”, descreve mostrando as cicatrizes no braço.

E para trazer um pouco da experiência gastronômica a Campo Grande, Dayse preparou uma Aula Show Colaborativa para esta noite (21), com dicas, truques e menu especial para os alunos. Será servido um terrine de legumes grelhados com mix de folhas, risoto de abóbora e queijo da Serra da Canastra acompanhado de farofa de amêndoas e, de sobremesa, pêra caramelizada com massa de amêndoa e sorvete de chocolate.

Cogushi, que são caixas para o cultivo dos cogumelos shimeji em casa.
Cogushi, que são caixas para o cultivo dos cogumelos shimeji em casa.

Ambiente colaborativo – Idealizado pelo empresário Diogo Wendling, no novo ponto de encontro dos chefs do Estado, além de mesas e escritórios como no coworking original, há cozinhas industriais, balcões refrigerados, fogões e todos os equipamentos necessários que ficam disponíveis para cozinheiros amadores ou chefs de cozinha que queiram cozinhar para os amigos ou fazer eventos.

“É um espaço de experiências e colaboração, onde as pessoas podem alugar por hora, dia, semana ou mês. Utilizando toda estrutura e utensílios”, explica o empresário.

O local é uma opção para chefs de cozinha que queiram lançar um novo prato ou ter o próprio restaurante por um dia. “Ele pode usar o espaço, contratar garçons, vender seus pratos por um dia e o cliente vai ter um preço mais acessível porque não tem muita gente trabalhando. E o lucro nós dividimos”.

O espaço tem capacidade para 70 pessoas e além do espaço para alugar, tem um empório que de cogumelos a chocolates veganos, vende produtos exclusivos para fisgar pelo sabor. Um deles é o Cogushi, que são caixas para o cultivo dos cogumelos shimeji em casa e custa R$ 45,00.

O Território Lab fica na Euclides da Cunha, Jardim dos Estados. As vagas para a aula são limitadas e os interessados devem ligar para (67) 3211-4494.

Espaço tem capacidade para 70 pessoas. (Foto: Elis Regina)
Espaço tem capacidade para 70 pessoas. (Foto: Elis Regina)
O Terrtório Lab fica na Euclides da Cunha. (Foto: Elis Regina)
O Terrtório Lab fica na Euclides da Cunha. (Foto: Elis Regina)
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