Há 67 anos, restaurante pertinho da Capital tem comida de fazenda como chamariz
Em Anhanduí, a 51km, Parada do Ingá funciona na beira da rodovia Manoel da Costa Lima
São 67 anos de tradição do Restaurante Parada do Ingá em Anhanduí, a 51 km de Campo Grande. Aos que ainda não conhecem, o restaurante é uma ótima opção para quem gosta de fazer um bate e volta bem rapidinho para almoçar, ou jantar, uma comida caseira da hora, ou até mesmo para tomar um café da manhã bem servido.
O restaurante segue aberto de domingo a domingo, na beira da rodovia Manoel da Costa Lima. Para os cafés matutinos, a chipa e o pão de queijo são os campeões de venda do Parada do Ingá. O cafézinho preto é serventia da casa: pode ser tomado quantas vezes for, sem ser cobrado nada por ele.
De acordo com o dono, Márcio Andre Pooter, de 38 anos, os doces caseiros de mamão enroladinho, queijadinha, doce de laranja da terra, doce de mamão, de abóbora, de laranja cidra, doce de leite e doce de goiaba são outros queridinhos do restaurante. "Mas esses a gente terceiriza com uma moça que faz aqui mesmo no restaurante", explica.
Quando se fala no tempero tradicional do restaurante, a responsável é Dona Maria, cozinheira que está a frente da cozinha há mais de 20 anos e chegou antes mesmo de Márcio assumir o Parada do Ingá. "O restaurante foi tocado pela família Menezes, era do William Menezes. Eu decidi comprar o Parada há dois 2 anos quando soube que ele venderia por conta de sua idade avançada, creio que ele já deve estar com uns 80 anos. Eu assumi e a Maria continuou tocando a cozinha".
E Marcio concorda que seja no almoço ou no jantar, é o tempero dela que dá o toque especial. Os alimentos também são, em maioria, caseiros, o que também dá mais sabor ao que é servido, além de que são feitos em fogão a lenha. No almoço, em cumbucas de self service, o prato principal da casa, o porco no tacho, é servido, ao lado dos acompanhamentos: salada, arroz, arroz com pequi, feijão, macarrão, polenta e mandioca, tudo por R$ 14,00.
"O porco no tacho é o segredo, preparado diferente dos outros lugares. É frito na banha dele, no tacho, com couro e tudo, por isso que o pessoal gosta. As vezes a gente tem também frango caipira, bife na chapa, bisteca na chapa, carne de panela ou a vaca atolada", detalha Pooter.
No jantar, o restaurante trabalha só com prato feito, mas serve as mesmas combinações do almoço pelo mesmo preço. "A noite nosso movimento cai um pouco porque o dono deixou de abrir pra janta por muitos anos, mas a gente acredita que vai voltar a bombar isso daqui".
Gaúcho, Pooter fala que sonha em começar a assar carne no Parada, mas que ainda vai levar um tempo pra concretizar sua vontade. "O povo do Rio Grande do Sul gosta de trabalhar com comida, especialmente com carne".
Do sul, ele foi pra Nova Andradina e tocou um restaurante no município por anos. Junta da esposa, Jaime Pimentel da Silva, e dos dois filhos, de mudou para Anhanduí para mexer o tradicional restaurante do Ingá. "É uma responsabilidade pra gente, é difícil, porque é muito tradicional, mas a gente acredita que estamos bem e que só temos a melhorar".
O Parada do Ingá fica no km 53 da Rodovia Manoel da Costa Lima, no município de Anhanduí.