Novas propostas de foods parks surgem pela cidade e pergunta é: será que vingam?
Moda gastronômica, os foods trucks apareceram em forma de trailers e containers pela cidade. Diversificados, comandados por chefs ou gente que adora cozinhar, esses espaços se tornaram tão populares que três novos projetos para reuni-los estão em andamento na Capital. O que não se sabe é se a cidade comporta tantos foods parques.
Localizado na avenida Três Barras, o mais novo empreendimento em formato de food park usará containers, porém, com a inclusão de andares superiores, cobertura e pelo que promete os sócios um preço mais em conta. “Eu acho que existe mercado para vários empreendimentos, nós vamos focar em algo bom e barato. O investimento é muito grande e acreditamos que depende de vários fatores para que seja bem sucedido”, acredita Adriano Fontoura, um dos administradores da praça ao lado de Daniel Gonçalves.
Na mesma região da cidade existe o Manga Park, na avenida Bom Pastor. Com quase um ano de funcionamento, o espaço é todo ocupado por containers e food bikes. “Eu estou a par dos novos empreendimentos, acompanhei, visitei, vi como está sendo feito. Eu acho que tem espaço para todo mundo. Vamos continuar investindo no Manga, com novidades que estamos planejando já”, frisa Leonardo Mangiapelo, proprietário do food park. De diferencial, o empresário cita a avenida Bom Pastor e a mangueira, o charme especial do local.
Em outro ponto, na avenida Marquês de Pombal deve surgir em breve a Villa Gourmet. “Estou com o projeto quase pronto, fazendo alguns ajustes na licença. São 8.500 mil metros, sendo que quatros mil vão ser destinados aos trucks e o restante estacionamento. Estamos empenhados para resolver a questão burocrática o mais rápido possível”, afirma Maurício Oliveira.
O empresário quer conquistar os moradores dos condomínios da região, em especial, o Dhama. “Fizemos uma pesquisa e no raio de 1 km moram 8 mil famílias em condomínios. Posso garantir que há espaço para todos os food parks, cada um da sua forma. Aqui vamos investir no espaço de lazer, para criança, espaço de festa complementado, não é apenas uma praça de alimentação”, frisa.
Katie Pereira Viana, empresária do Karandá Vila Gourmet na Vitório Zeolla acredita que o número de foods parks agora é o que a cidade comporta. “Três pelo tamanho da cidade acho que é o que comporta. Os bairros em que eles estão localizados também são interessantes, são populosos e de um poder aquisitivo maior”, explica.
A previsão é de abertura para dezembro. “Estamos com 14 lojas alugadas e as obras estão caminhando”, indica.
Com tantas peculiaridades, montar um negócio do gênero em Campo Grande pode ser uma furada. A precursora do estilo foi a empresária Isa Blanco, que apostou tudo no Nômade Food Park, que infelizmente, fechou as portas após oito meses em funcionamento na avenida Ceará.
“Aprendemos com os erros”, resume a empresária. Segundo Isa, o público demorou para acostumar com a estrutura do food truck. “Muita gente me pedia garçom, além da eterna briga por preço. Sempre comparavam aos valores de fora, de outras cidades. Mas os impostos daqui são diferentes, lá são mais justos. Isso teve um peso”, esclarece.
Mesmo assim, Isa se denomina com a cobaia do movimento e acredita no potencial dos foods parks. “Acho que tem espaço para todos. Tem que aprender com os erros e pode me chamar de cobaia”, ri.