Pioneiros tem de "bifão" a pastel de quase 1 kg e com linguiça no recheio
Pastelarias, pizzarias, carrocinhas de sanduíches, peixaria e bifão na chapa...tem praticamente de tudo na rua Ana Luiza de Souza, no bairro Pioneiros.
O bairro tem seu próprio “bifão” e há sete anos, o comércio, que começou pequeno, já mudou de direção e só cresce. Hoje é dirigido pelo antigo chapeiro e churrasqueiro, Firmino Bernal Neto, de 35 anos. Em 2010, um acidente de trânsito o afastou do trabalho e ele voltou como sócio, a convite do ex-patrão. “Entrei na sociedade com uma moto, com a cara e a coragem”, lembra-se das dificuldades do inicio.
Hoje, o “Bifão do Pioneiros” funciona como o maior comércio do ramo na região, com capacidade para receber 132 pessoas. Firmino diz que o ponto é bom e que aos poucos o local vem se estabelecendo. Por conta disso, a ideia para 2014 é ampliar o espaço e vender frango assado. “O pobre não reclama para pagar”, explica o motivo de investir no bairro.
O preço é um dos principais atrativos, o prato principal custa a partir de R$ 17,00, e, além do bife, vem acompanhado de mandioca, arroz e vinagrete. Serve até duas pessoas. O bife feito com picanha e filé mignon custa R$ 26,00.
Edneia Santana, de 20 anos, é moradora do bairro vizinho, o Los Angeles. Mas por ouvir falar bem, se tornou freguesa. “Vale a pena, o preço é bom”, afirma.
Como o local vive cheio, o número alto de clientes também se torna marketing para atrair nova freguesia, como o comerciante Ernesto Riccardi, de 53 anos, que conta que estava passando e decidiu entrar e conhecer. “Se está cheio é por que é bom”, argumenta.
Pela “necessidade”, ele explica que resolveu abrir um trailer ao lado do bifão, para servir cachorro quente, que custa R$ 4,00 e lanches feitos com hambúrguer. A cerveja de 600 ml, de marca popular custa R$ 5,50. O local funciona de segunda a segunda, das 18 horas até o último cliente.
Um dos comércios mais antigos, no número 424, também é um dos mais curiosos; o “Hollywood Bar", ou "O Ceará”, que funciona no local há 20 anos. O nome é ainda mais antigo, já existe desde 1974, quando ainda funcionava em Fortaleza, no Ceará.
O proprietário José Araújo, de 51 anos, conta que veio a cidade para mudar de vida e viu na periferia o local ideal para montar o ponto. Ele lembra que o local começou pequeno e com o movimento, teve que ampliar, contratar mais funcionários e aumentar o número de mesas, mas o investimento não deu certo. A vontade agora é mudar de endereço. “Me estabilizei, mas não quero mais aqui, quero um local menor”, justifica a vontade de mudança.
No cardápio tem porções de caldos de piranha e mocotó, por R$ 12,00 e lanches, petiscos, dobradinha e tilápia frita.
Logo na frente, o “Bambu’s” funciona como pizzaria, pastelaria e lanchonete.
São 45 tipos de pastéis, que custam de R$ 2,50 a R$ 14,00. Um dos mais pedidos, segundo o proprietário, o policial militar aposentado Joel Nogueira de Melo, 55 anos, é o com recheio de linguiça de Maracaju, que pesa 700 gramas, e custa R$ 14,00.
As pizzas também tem um exagero de opção de sabores: passam de 80, um deles é de guariroba. As pizzas custam de R$ 17 a R$ 32,00, nos tamanhos grandes. “São iguais às pizzas que estão no centro, de qualidade, mas o preço é bem menor”, compara.
Joel conta que depois de aposentado, queria continuar trabalhando e há seis anos comprou o ponto, com o mesmo nome e o cardápio. Morador do Jardim Mansur, segundo ele, o investimento em um bairro distante deu certo, e o crescimento da concorrência para ele não é problema. “O comerciante depende do seu próprio trabalho”, acredita. O local funciona de terça a domingo, das 18 às 23 horas.
