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Sabor

Soju e Topokki: febre coreana e dorameiros dominam loja japonesa

Família fundou loja há 20 anos, viu os clientes mudarem e, agora, precisou aprender sobre doramas e K-pop

Por Aletheya Alves | 08/10/2024 06:20
Entre os itens mais buscados na loja estão o topokki e lamens. (Foto: Marcos Maluf)
Entre os itens mais buscados na loja estão o topokki e lamens. (Foto: Marcos Maluf)

Quando José Evaristo Viana e Regina Mitiko Mori Viana resolveram abrir uma loja com produtos japoneses em Campo Grande, não imaginavam que a “febre” coreana iria levar uma série de produtos coloridos para as prateleiras 20 anos depois. Hoje, as vendas no atacado continuam fortes com restaurantes japoneses, mas os clientes curiosos por soju, topokki e lamens vistos nos doramas é que dominam o varejo.

Algo que não falta nos episódios dos dramas é comida e quem se apaixona pelas séries e novelas asiáticas vai ficando curioso com os possíveis sabores. Para saciar o desejo da galera em Campo Grande, Paula Mayumi Mori Viana, da Comercial Daiji, conta que os navios cruzam o planeta trazendo desde bolinhos de arroz com molho até acelga apimentada.

Para quem está por fora de todo o assunto, vai aqui um resumo: nos últimos anos, a cultura sul-coreana tem ganhado grandes proporções com o K-pop (pop coreano ou música popular coreana) e doramas (séries e novelas produzidas em países como o Coreia do Sul, Japão, China, Tailândia e Taiwan).

E é principalmente através dos doramas que bebidas e alimentos têm se popularizado por aqui, já que integram as cenas com frequência.

O K-pop também tem efeito sobre o tema, exemplo disso é o Jin Ramen: um macarrão instantâneo que, coincidentemente, divide o nome com o astro do grupo sul-coreano BTS. Anos atrás, o cantor disse que era apaixonado pelo macarrão e, em 2022, se tornou embaixador da marca. No fim das contas, os fãs conhecem como ramen do Jin.

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Dentro do grupo de pessoas que gostam de coisas coreanas, nós temos clientes específicos. Aqueles que assistem dorama costumam procurar alguns produtos, os que gostam de K-pop já vêm atrás de outros”, explica Paula.

A filha dos proprietários é exemplo de como todo mundo precisou se mobilizar para entender mais desse universo. Isso porque, apesar de não assistir séries e escutar as músicas, vai aprendendo diariamente.

Contando sobre a história da família, Paulo detalha que todos são de São Paulo e vieram para Campo Grande em busca de um cotidiano mais tranquilo e seguro. “Minha mãe sempre foi professora e uma tia já morava aqui. Meu pai sempre trabalhou com vendas e, quando chegamos aqui, ele resolveu tentar com os alimentos orientais”.

Por saber da colônia japonesa campo-grandense, o foco realmente eram os produtos dessa nacionalidade, mas outros de origem chinesa, por exemplo, também faziam parte.

Em geral, a loja vendia em massa para os restaurantes japoneses e continua nesse processo. A diferença é que os clientes “individuais” em busca de itens coreanos aumentaram demais.

“São clientes específicos que muitas vezes chegam por aqui encantados com tudo falando sobre como os produtos são iguais aos dos doramas. Algumas pessoas não sabem falar os nomes, por exemplo, ou ficam com vergonha e aí vão descrevendo”, diz.

Cappuccino se popularizou com a série "Vincenzo". (Foto: Marcos Maluf)
Cappuccino se popularizou com a série "Vincenzo". (Foto: Marcos Maluf)
Até picolés coreanos são importados e chegam a Campo Grande com gelo seco. (Foto: Marcos Maluf)
Até picolés coreanos são importados e chegam a Campo Grande com gelo seco. (Foto: Marcos Maluf)
Mamadeira chinesa é um dos produtos não coreanos, mas que viralizaram. (Foto: Marcos Maluf)
Mamadeira chinesa é um dos produtos não coreanos, mas que viralizaram. (Foto: Marcos Maluf)

Além do Topokki e do Soju

Como a visita dos clientes em busca de itens coreanos é frequente, Paula relata que alguns produtos importados são mais populares. Mas, de toda forma, a loja segue com seus itens japoneses e de outras nacionalidades, assim como aqueles que viralizam.

Na lista coreana estão o soju (bebida alcoólica) nos sabores tradicional, uva verde, ameixa, pêssego e morango (a partir de R$ 45); topokki (bolinho de arroz com molho apimentado a partir de R$ 36,50); kimchi (acelga e outros vegetais fermentados) a partir de R$ 26,50 e a base de pimenta para preparo dos pratos (a partir de R$ 24,50).

Os lamens e ramens também não ficam de fora e custam a partir de R$ 16,50.

Mas, em geral, itens japoneses e chineses seguem com sucesso. Paula comenta sobre as mamadeiras de iogurte chinesas que viralizaram no TikTok e custam R$ 26,50. O natto, alimento japonês feito com soja fermentada, é um dos itens que ganharam mais repercussão pela mesma lógica das redes sociais (custa R$ 16,50 na opção nacional e R$ 44,50 na importada).

Para quem ficou curioso, a Comercial Daiji fica localizada na Rua Sebastião Lima, 1005, Centro. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h30, e aos sábados, das 7h30 às 12h.

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