Sul-mato-grossenses transformam carne de sol e manteiga de garrafa em kits
Dois produtos típicos do nordeste, a carne de sol e a manteiga de garrafa, serão produzidos em Campo Grande e vendidos como kit gourmet, nos supermercados da Capital, a partir de março. A novidade surgiu de uma parceria entre o chefe de cozinha Marcílio Galeano, sócio-proprietário de um restaurante de cozinha contemporânea na cidade, e o dono de uma empresa que trabalha com manipulação de carnes especiais, Francisco Cunha, de 46 anos.
Eles chegaram à conclusão de que a carne produzida em Mato Grosso do Sul é, de fato, a melhor Brasil e, por isso, o Estado pode ter a melhor carne de sol do país, apesar do produto ser nordestino por excelência. “Trabalho com carne uruguaia, argentina... mas a nossa é diferente. Estamos focando na valorização do produto sul-mato-grossense. Esse vai ser o maior apelo”, disse Marcílio.
O processo de fabricação, a desidratação propriamente dita, segue o mesmo padrão. “Colocamos um percentual de sal nela e deixamos 48 horas descansando em caixas de inox para tirar a umidade”, explicou Francisco. A diferença está no menor teor de sal, na escolha da peça, o “pranchão de coxão de duro”, que, segundo ele, tem melhor textura, e no toque gourmet. Mas não fica só nisso.
Em Campo Grande, a receita ganhou uma versão mais requintada, com recheio de queijo coalho grelhado, finalizado com a manteiga de garrafa e acompanhando de feijão pantaneiro. O Maracutaia Boteco, bar que fica na 7 de Setembro, vai oferecer o prato feito, que serve duas pessoas, a partir desta terça-feira (18). O preço ainda está sendo estudado, mas não deve passar dos R$ 40,00, adiantou o chef.
A manteiga vem de fora, de uma fábrica do nordeste, mas Francisco e Marcílio pretendem produzi-la em Campo Grande a partir de abril. O produto, indispensável no preparo, tem um sabor mais acentuado. O líquido é obtido a partir do cozimento do leite.
Kit - Quem não pretende ir ao bar, poderá comprar um kit para preparar o prato em casa. Vem meio quilo de carne de sol recheada com queijo coalho e 50 ml da manteiga de garrafa (da fabrica nordestina). Por enquanto apenas o Comper fechou contrato com os fornecedores.
As vendas devem começar em meados de março, a princípio em três lojas: Na unidade da Avenida Ceará com a Mato Grosso, na Avenida Brilhante e Joaquim Murtinho. O preço ainda não foi definido. Além do pranchão de coxão duro, os sócios pretendem trabalhar, também, com o cupim, ponta de peito, maminha e coxão duro picado para o arroz carreteiro.