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Lado Rural

Faturamento do campo em MS deve fechar 2023 com R$ 72,4 bilhões

Ano de 2022, que registrou sensível quebra na soja, fechou com R$ 68,6 bilhões

José Roberto dos Santos | 19/06/2023 15:40
Colheitadeira avança sobre área cultivada com soja; grão é o principal produto da agricultura de MS. (Foto: Arquivo Governo MS)
Colheitadeira avança sobre área cultivada com soja; grão é o principal produto da agricultura de MS. (Foto: Arquivo Governo MS)

As estimativa do VBP (Valor Bruto da Produção) para Mato Grosso do Sul, obtidas  com base no resultado das safras, deve fechar este ano com um faturamento de R$ 72,4 bilhões, incluindo agricultura e pecuária. O resultado é 5,5% maior que em relação ao ano de 2022. As previsões foram divulgadas pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Na agricultura, o Mato Grosso do Sul deve fechar este ano com um faturamento de R$ 52,7 bilhões, contra R$ 47,5 bilhões do ano passado, um crescimento de 9,8%. Em 2022 o MS registrou sensível perda de produtividade e produção da soja, principalmente grão cultivado. Em valores na região Centro-Oeste, o Estado fica atrás do gigante Mato Grosso e de Goiás, com previsão de R$ 167 bilhões e R$ 69 bilhões, respectivamente, para 2023.

Em relação ao ranking nacional, o MS encontra-se na 7ª posição entre os maiores produtores.

A pecuária de Mato Grosso do Sul registrará perdas este ano, segundo o Mapa. De R$ 21,1 bilhões faturados em 2022, deve fechar o ano de 2023 com R$ 19,7 bilhões, uma perda de 6,6%. As perdas, segundo analistas consultados pela coluna Lado Rural, é decorrente da retração de preços enfrentados no mercado. Só este ano o valor da arroba do boi gordo já caiu 25%, em relação ao ano passado.

Em faturamento da pecuária no Centro-Oeste o MS também fica atrás do Mato Grosso e de Goiás.

Perfil da pecuária

Na pecuária, segundo Carta de Conjuntura elaborada pela equipe de estatística da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação) os bovinos aparecem com 18,62 milhões de cabeças (+0,53%), suínos com 1,85 milhões (+12,3%), aves com 125,22 milhões (-19,54%) e peixes com 1.427,89 milhões (-7,68%). Em termos de evolução, a maior variação positiva foi observada para o grupo de ‘Bicho da Seda’, com +3.892,40% em relação ao mesmo período do ano passado (2022).

Nos últimos 12 meses o rebanho bovino variou em média +0,04% por mês, enquanto o suíno +18,54% e aves e peixes -1,80% e -0,66%, respectivamente. Do ponto de vista regional, alguns municípios se destacam em tamanho e participação dos rebanhos. No caso de bovinos o destaque é Corumbá (11,50%), Aquidauana (4,63%) e Ribas do Rio Pardo (4,42%).

Rebanho bovino criado em área de confinamento; renda do setor deve cair de 2022 para 2023. (Foto: Arquivo MS)
Rebanho bovino criado em área de confinamento; renda do setor deve cair de 2022 para 2023. (Foto: Arquivo MS)

Segundo a carta, verifica-se a recorrência dos municípios de Corumbá, Campo Grande, Dourados, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Itaquiraí, Ponta Porã, Porto Murtinho e Ribas do Rio Pardo entre os quantitativos de rebanho entre os grupos de animais de Mato Grosso do Sul.

Números nacionais

As estimativas do VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária), obtidas com base nas informações de safras, indicam um valor de R$ 1,179 trilhão para 2023, superior em 3,8% em relação ao valor de 2022, que foi de R$ 1,135 trilhão.

O valor é influenciado pelos preços agrícolas, que têm sofrido redução para vários produtos, entre eles milho, soja e trigo, que têm forte relevância no cálculo do VBP. Os preços recebidos pelos produtores de soja e milho estão, respectivamente 8,93% e 14,37% abaixo dos preços do mês de abril.

As lavouras têm um faturamento previsto em R$ 835,5 bilhões, 6,3% acima do obtido no ano passado. Tiveram bom desempenho produtos como amendoim, arroz, banana, cacau, cana-de-açúcar, feijão, laranja, mandioca, milho, soja e tomate.

A pecuária, com faturamento de R$ 343,8 bilhões, apresenta uma retração real de 1,8% em relação a 2022. Contribuição positiva é dada pela carne suína, leite e ovos, e contribuição negativa vem de carne bovina (-7,3%) e carne de frango (-6,0%).

* Com informações do Mapa e da Semadesc

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