Acrissul recorre à Câmara de Vereadores para reabrir Parque de Exposições a shows
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A diretoria da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) se reuniu de manhã com vereadores na Câmara de Campo Grande para expor as consequências da interdição de shows determinada pela Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento urbano), em razão da falta de licenciamento ambiental do Parque de Exposições Laucídio Coelho. Segundo o presidente da Acrissul, Francisco Maia, persistindo a interdição a saída será fechar definitivamente. maia chegou a dizer, segundo a assessoria da Acrissul, que nesse caso as chaves seriam entregues 'ao prefeito'.
Para Francisco Maia, haveria excesso na medida administrativa da Prefeitura, uma vez que a Acrissul protocolou o projeto de licenciamento ambiental do Parque no dia 15 de julho deste ano. “Se o projeto está em tramitação, como pode o Município mandar interditar o parque de exposições?”, questiona. O presidente da Câmara Paulo Siufi analisa que há exagero, até mesmo do próprio Ministério Público, porque a Crissul estaria cumprindo o acordo. "A questão é que parte do TAC é impossível de ser executada, como por exemplo a parte que obriga a associação a isolar a acústica dos shows, o que custaria R$ 10 milhões”, alega Francisco Maia.
A Câmara de Vereadores deve avaliar o impacto da medida e pode pedir ao MPE que abra mão de algumas partes do acordo, a pedido da Acrissul. Não obtendo êxito, uma das saídas da Câmara é reapresentar o projeto de lei que torna o Parque de Exposições uma exceção à regra da lei do silêncio, podendo realizar shows e outros eventos que hoje não pode por força do Termo de Ajustamento de Conduta. O presidente defende a exceção se espelhando em outros estados.
Por sugestão dos vereadores, a associação poderá encomendar uma pesquisa na região para saber a opinião dos moradores sobre os ruídos provocados pelos shows da Expogrande. "Já sabemos por sondagem que a maioria é favorável aos shows, até porque isso gera uma renda para as famílias do entorno do Parque, além de causar um impacto na economia do Estado de quase R$ 150 milhões durante a Expogrande", alega o presidente de Acressul.