Ano teve "funeral" de macaco e disputa judicial com vitória do gato Frajola

O ano de 2021 teve muitos episódios envolvendo animais, alguns casos curiosos, felizes e outros tristes. Teve gato alvo de briga interna de condomínio, que com a própria pata, assinou pedido para poder permanecer no local como animal comunitário.

Teve bichos que morreram queimados em incêndios, centenas de jacarés sendo "encurralados" em açude lamacento e filhote de jacaré em piscina. Houve também operação da PF (Polícia Federal) para investigar a morte por envenenamento de onças-pintadas em fazendas, na região do Pantanal sul-mato-grossense.

Algumas cenas chocaram, até quem está acostumado a lidar com situações de emergência e estresse. Em agosto, policiais militares ambientais e bombeiros enterraram um macaco encontrado morto pelo fogo que atingiu Bela Vista.

Além do primata, que foi enterrado pelos militares como forma de protesto, dois tatus foram localizados carbonizados na mesma região. Outro animal, vítima das queimadas, foi uma sucuri de pelo menos 5,5 metros. Ela morreu no Banhado do Rio da Prata, região de Bonito devastada pelo fogo.

Amordaçado e com a pata esquerda da frente amputada, jacaré foi encontrado em maio deste ano, no CEI (Centro de Educação Infantil) José Eduardo Martins Jallad, conhecido como Zedu, no Parque dos Poderes. Segundo a PMA, que fez a captura, provavelmente o bicho conseguiu fugir de algum cativeiro e procurou abrigo no local. Ele foi levado para o Cras para acompanhamento médico veterinário.

Em setembro, a seca no Pantanal rendeu imagens impressionantes, que refletem o desespero dos animais após dias de estiagem. Vídeo publicado pelo Campo Grande News mostrou centenas de jacarés "encurralados" pelo gado, que buscavam matar a sede no que ainda restava de água em açude lamacento do Pantanal.

No verão sul-mato-grossense, também teve filhote de jacaré-de-papo-amarelo “calorento” flagrado dentro de piscina, em chácara no distrito de Rochedinho, em Campo Grande. Os moradores da redondeza já tinham visto o bicho rondando a área. Mesmo assim, eles ficaram surpresos com a independência do animal, de pouco mais de seis meses de idade.

Ainda neste ano, a Polícia Federal deflagrou a Operação Yaguareté para investigar a morte por envenenamento de onças-pintadas em fazendas na região do Pantanal. Durante a ação, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em três fazendas no município de Corumbá e em imóvel na área urbana da Capital. Celular foi apreendido e levado para ser periciado.

Também houve batida da Polícia Civil, no Residencial Mangaratiba, no Bairro Tiradentes, depois que o gato Frajola foi ameaçado de morte por alguns moradores que não concordaram com decisão judicial que permitiu a permanência do animal no prédio.

As ameaças iam de jogar água, bomba e até envenenar o bichano, morador há pelo menos quatro anos do condomínio. Diante das graves ameaças, a Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) se manifestou sobre o caso e foi ao local falar com os moradores. A vitória foi do gato. Com a própria pata, Frajola, assinou seu pedido para poder permanecer no local como animal comunitário.

Outro episódio que causou alvoroço foi de uma lontra encontrada dentro de quintal de residência no Bairro Coophasul, na Capital. A dona da casa, assustada, acionou a PMA (Polícia Militar Ambiental). Como não há lagoa por perto, a corporação acreditava na possibilidade de que o animal foi deixado na região.

Também teve foto de sucuri com bucho cheio após devorar uma capivara, em Bonito. O empresário e vice-prefeito do município, Juca Ygarapé, registrou imagens e publicou em suas redes sociais. A postagem gerou centenas de curtidas e compartilhamentos.