Até outubro, bombeiros extinguiram 12 grandes incêndios florestais em MS
Focos foram registrados principalmente no Pantanal, onde 608.625 hectares foram consumidos pelo fogo até agora
O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul extinguiu 12 grandes incêndios florestais no Estado, especialmente no Pantanal, entre janeiro e outubro deste ano. O número foi informado pela tenente-coronel Tatiane Inoue, também chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental), que realiza o monitoramento dos incêndios florestais no Estado, e coordenadora da Operação Pantanal 2023.
Os números de novembro ainda estão sendo apurados. O que já se sabe é que o mês registrou número bem maior de focos de calor no Pantanal em comparação ao mesmo período do ano passado. Plataformas que recebem informação via satélite mostraram que foram 62 em 2022 e cerca de 1,4 mil em 2023, apenas em novembro.
"As condições climáticas severas contribuíram para o cenário, com temperaturas chegando a 43°C e a sensação térmica muito maior, velocidade dos ventos ultrapassando 50 km/h aliado a baixa umidade relativa do ar. Tudo contribuiu para a propagação de vários incêndios florestais”, explicou a tenente-coronel.
De acordo com dados do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais), 608.625 hectares do Pantanal sul-mato-grossense foram consumidos pelo fogo até ontem (5). Atualmente, a situação está controlada. A área supera a queimada em 2022 e 2021, mas é bem menor do que a de 2020, em que os incêndios devastaram área correspondente a 30% do bioma em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Operação Pantanal 2023 - Este ano, ela começou em 17 de julho. Desde então, os bombeiros militares atuaram em conjunto com ONGs (organizações não governamentais) e apoio de diversas tecnologias, como drones e inteligência artificial, para garantir pronta resposta e extinguir em definitivo diversos focos.
“Mato Grosso do Sul é exemplo de resposta e tecnologia aplicada, com disponibilidade de equipamentos, treinamento e atuação dos bombeiros. E tudo já está empenhado para o ano que vem. É muito melhor do que foi disponibilizado em 2020, que foi um aprendizado para todos”, compara Alexandre Bossi, presidente da SOS Pantanal, ONG que atua na preservação do bioma.
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