Drive-thru da Reciclagem começa com distribuição de mudas
Ação será realizada até 5 de junho, com coleta de todos os tipos de resíduos sólidos
Projeto que já coletou 23 mil toneladas de resíduos e economizou 1,4 bilhão de litros de água volta entre hoje (2) e 5 de março em Campo Grande. A 6ª edição do Drive-thru da Reciclagem realiza coleta de resíduos e distribui mudas de árvores frutíferas.
Até o sábado (4), o evento é realizado na Esplanada Ferroviária, localizada na Avenida Calógeras, nº 3143, das 9h às 21h. Apesar de conseguir descartar os resíduos pelo sistema drive-thru, existem diversos stands temáticos, que vão desde empreendedorismo, sustentabilidade e utilização correta de energia elétrica, a gastronomia local, distribuição e comercialização de mudas frutíferas e apresentações culturais.
Já no domingo (5), as atividades mudam para os altos da Avenida Afonso Pena, das 7h às 10h, com uma corrida marcada para às 7h30.
Uma das idealizadoras do projeto, Ana Cristina Franzoloso, da Organização Du Bem, explicou que toda vez que resíduos, como óleos domésticos ou medicamentos vencidos, são descartados incorretamente, o lençol freático é contaminado e parte da água potável fica imprópria para consumo.
“Então, descartando de maneira correta, evita a contaminação e essa água vai para o uso. Com todos os resíduos que já coletamos, foram 1,4 bilhões de litros de água preservados, com mais 7 mil pessoas envolvidas”, apontou.
Entre os materiais que podem ser entregues, estão: papel, papelão, eletrônicos, lâmpadas, latinhas de alumínio, pilhas, vidros, isopor, banners, óleo usado, medicamentos vencidos, medicamentos e acessórios da linha pet vencidos, tecidos, sucata de ferro e baterias.
O presidente do CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul), Flávio Shinzato, 52 anos, também estava presente no evento na manhã desta quinta-feira (2), recebendo medicamentos vencidos e alegou que cada quilo de medicamento descartado no lixo comum, contamina 400 mil litros de água.
“O objetivo é tirar o medicamento de circulação e destiná-lo de forma correta, porque o medicamento é especial e altamente contaminante. Uma substância química despejada de forma incorreta acaba indo para o solo, contaminando o lençol freático, prejudicando não somente os humanos, como os animais”, ressaltou.
A pedagoga Lilia Ramos da Costa e Silva, 36 anos, trabalha em uma empresa privada que atende crianças e idosos. No local, os profissionais trabalham com um tema a cada mês, e em junho, será o de sustentabilidade, em alusão ao Dia Mundial de Sustentabilidade, no dia 5.
“Hoje de manhã, vim buscar todo tipo de informação para repassar aos alunos, porque quando trabalhei o tema em sala de aula, eles sentiram dificuldade, porque a sustentabilidade abrange muitas áreas. Vai desde um consumo consciente até o vestuário”, apontou.
No dia a dia, ela já aplicou hábitos sustentáveis como reutilização de copos descartáveis, por exemplo. “Também está agendando com os alunos que querem participar para virem aqui visitar.”
O evento é realizado em parceria entre a Prefeitura Municipal, Projeto Du Bem, UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), entre outras instituições.