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Meio Ambiente

Espécie extinta, tatu-canastra de 35 quilos é atropelado em rodovia

Força da colisão quebrou casco do animal de forma que não serviu nem mesmo para ser empalhado

Tainá Jara | 17/07/2020 14:06
Casco do tatu raro foi dilacerado na colisão (Foto: Divulgação/PMA)
Casco do tatu raro foi dilacerado na colisão (Foto: Divulgação/PMA)

Tatu-canastra de 35 quilos foi encontrado atropelado no quilômetro 9 da MS-223, no município de Costa Rica, distante 310 quilômetros de Campo Grande. A espécie Priodontes giganteus está na lista brasileira de espécies brasileiras em extinção e a suspeita é de que foi atingido por veículo entre a noite de ontem e a madrugadas desta sexta-feira.

Fiscalização da PMA (Polícia Militar Ambiental) verificou que carcaça do animal estava deteriorada, não servindo nem mesmo para ser empalhado. Taxidermizar espécies raras para utilizar em trabalhos de educação ambiental é comum, porém, desta vez não foi possível tamanha a força com que o bicho foi atingido.

O tatu-canastra é o maior e mais raro dos tatus vivos. Pode medir mais 1 metro de comprimento, com mais de 50 cm de cauda e pesar até 60 kg.

As patas enormes possuem unhas possantes, sobretudo as anteriores, cuja unha central mede 20 cm de comprimento. Faz grandes buracos para se alojar. Revolvendo o solo, consegue alimento entre insetos, larvas, vermes, aranhas e cobras.

O tatu-canastra habita os campos e cerrados de todo o Planalto Central do Brasil e Floresta amazônica. Animais de hábitos noturnos são encontrados na vizinhança de riachos e lagoas, tendo a fêmea de 1 a 2 filhotes por parição. Por causa de sua carne saborosa e armadura resistente, hoje é raríssimo nas diversas regiões brasileiras onde ocorria.

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