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Meio Ambiente

Falta de chuva e queimadas fazem Governo decretar emergência em MS

Decretos foram publicados no Diário Oficial desta terça e ajudam na captação de recursos para áreas afetadas

Ana Paula Chuva | 13/07/2021 07:33
Bombeiros usam abafadores para combate aos focos de calor no Pantanal (Foto: Divulgação | Corpo de Bombeiros)
Bombeiros usam abafadores para combate aos focos de calor no Pantanal (Foto: Divulgação | Corpo de Bombeiros)

A estiagem e os incêndios florestais registrados nas últimas semanas fizeram o Governo Estadual decretar situação de emergência em todo o Estado por 180 dias. Os dois decretos foram publicados na edição do DOE (Diário Oficial do Estado) desta terça-feira (13).

Segundo governador Reinaldo Azambuja, os são parte de ações preventivas adotadas pelo Estado para que,  em conjunto com o Corpo de Bombeiros e com o Ibama, seja feita uma base protetiva aos incêndios florestais.

"Estamos vivenciando um momento de extrema queda da umidade relativa do ar e uma geada muito grande, talvez uma das maiores que já tivemos, temos um clima extremamente seco e muito favorável aos incêndios. Dividimos essa base de proteção em várias regiões do Estado, já existem vários focos”, disse Azambuja.

Para ajudar também no suporte ao combate às queimadas, Mato Grosso do Sul investiu em equipamentos , aeronaves e treinamento de brigadistas. O decreto de emergência facilita na captação de recursos federais para combate e recuperação das áreas afetadas.

Além disso, a falta de chuvas que tem como consequência a seca tem impactado diretamente na agricultura, na baixa do nível dos rios e no aumento de biomassa que gera os incêndios. De acordo com o titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar),  Jaime Verruck, os decretos serão encaminhados para o Ministério do Desenvolvimento Regional.

“Vamos encaminhar visando exatamente o reconhecimento desse estado de emergência. A partir daí nós temos inclusive, a grande possibilidade de avançar na busca de recursos de curto prazo exatamente para atender emergências, tanto na contratação de brigadistas, de equipamentos de curto prazo necessários para isso, combustível, mais voos de aeronave que serão necessários. Esse é um instrumento fundamental para que a gente possa acessar recursos da Defesa Civil Nacional e que esses recursos possam ser imediatamente implementados em apoio ao Corpo de Bombeiros e a prevenção de incêndios em Mato Grosso do Sul”, afirmou.

Sucuri encontrada queimada no Banhado do Rio da Prata. (Foto: Divulgação | Corpo de Bombeiros)
Sucuri encontrada queimada no Banhado do Rio da Prata. (Foto: Divulgação | Corpo de Bombeiros)

Equipes do Corpo de Bombeiros e brigadistas do Ibama, ICMBio e outras instituições estão trabalhando nos combates aos incêndios na região do Banhado do Rio da Prata e do Pantanal em Corumbá, desde a semana passada. Na região entre Bonito e Jardim os focos foram controlados no último sábado e agora a área segue sendo monitorada.

Entre as justificativas para a situação de emergência, há ainda, o alerta de emergência hídrica para a região hidrográfica da bacia do Rio Paraná que foi emitido pelo SNM (Sistema Nacional de Meteorologia ), incluindo Mato Grosso do Sul. A previsão é que para os meses de julho a setembro haja registro de chuvas entre 40% a 50% abaixo da média no Estado.

Só em junho e julho, foram registrados em 72 cidades do Estado, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), 3.693 focos de calor. Os decretos também consideram o IIS (Índice Integrado de Seca) publicado em junho pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), que indica condição de seca moderada a extrema no bioma Pantanal e em grande parte de Mato Grosso do Sul.

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