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Meio Ambiente

Fogo, fuligem e cinzas: 1º semestre do ano teve mais de 1,6 mil incêndios

Nas últimas semanas, população da região Central acompanhou incêndios e fumaça encobriu céu na Afonso Pena

Paula Maciulevicius Brasil | 17/07/2021 09:52
Cinzas e fumaça na região do Chácara Cachoeira, em Campo Grande. Cena foi registrada no último dia 9. (Foto: Marcos Maluf)
Cinzas e fumaça na região do Chácara Cachoeira, em Campo Grande. Cena foi registrada no último dia 9. (Foto: Marcos Maluf)

Cinzas pelo chão. Fumaça no céu. O cenário das fotos que ilustram esta matéria mostra o quanto Campo Grande vem sofrendo com os incêndios urbanos. O solo pede socorro e quem está ao redor das chamas, também.

Só nos primeiros seis meses de 2021, de 1º de janeiro a 30 de junho, os bombeiros foram chamados para atender 1.665 ocorrências de incêndios urbanos em Campo Grande.

Bombeiros atenderam 1.665 ocorrências de incêndios urbanos de janeiro a junho deste ano. (Foto: Marcos Maluf)
Bombeiros atenderam 1.665 ocorrências de incêndios urbanos de janeiro a junho deste ano. (Foto: Marcos Maluf)

O último de grande proporção aconteceu na semana passada e encheu de fumaça a Avenida Afonso Pena. De longe se via o que o fogo provocou. A fuligem que tomou conta foi resultado de 3 hectares queimados atrás de um condomínio no prolongamento da Rua Doutor Zerbini, na região do Bairro Chácara Cachoeiras.

Na ocasião, os vizinhos relataram que não seria a primeira vez de fogo na área. "No tempo de seca, sempre tem incêndio aí. Foram quatro ou cinco caminhões de água para conter as chamas", disse em entrevista ao Campo Grande News a moradora Ane Luísa Albernaz, de 48 anos.

Além da dificuldade para respirar pela fumaça, quando o fogo enfim cessa, fica toda a sujeira para ser limpa.

Tempo seco, incêndio em vegetação e umidade relativa do ar em níveis críticos: a história que se repete toda época na Capital. (Foto: Marcos Maluf)
Tempo seco, incêndio em vegetação e umidade relativa do ar em níveis críticos: a história que se repete toda época na Capital. (Foto: Marcos Maluf)

Nesta semana, antes de ontem, quarta-feira (15), os bombeiros estiveram na Avenida Afonso Pena, desta vez na altura do Bairro Amambaí. A fumaça invadiu a pista da principal via da cidade exigindo atenção redobrada dos motoristas.

O Corpo de Bombeiros foi avisado sofre o incêndio por volta das 7h20. A primeira informação é era de que o fogo estava em um prédio comercial, mas ao chegarem ao local descobriram que as chamas estavam concentradas no terreno baldio.

Tempo seco - Ao mesmo tempo em que Campo Grande sofre com as queimadas, os baixos índices da umidade relativa do ar prejudicam ainda mais a saúde da população. Nesta semana, a Capital esteve na lista dos 20 municípios que tiveram os piores números do País, com 19%.

No incêndio do dia 15 de julho, céu da Afonso Pena na altura do Bairro Amambaí ficou encoberto de fumaça. (Foto: Direto das Ruas)
No incêndio do dia 15 de julho, céu da Afonso Pena na altura do Bairro Amambaí ficou encoberto de fumaça. (Foto: Direto das Ruas)

Penalidades - A multa para dono de terreno que for flagrado provocando queimada pode chegar a R$ 9,9 mil reais, conforme o Código de Polícia Administrativa – Lei Municipal n. 2.909, de 28 de julho de 1992. A legislação determina que proprietários de terrenos sem edificação são obrigados a mantê-los limpos, capinados e drenados, sendo vedada a utilização de queimadas para esse fim.

Além de ligar para o Corpo de Bombeiros pelo 193, a população deve denunciar pelos telefones da Prefeitura: 156 e 3314-9955, e na Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) no telefone 3325-2567.

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