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Meio Ambiente

Mais de 11 mil m³ foram retirados do lago do Parque das Nações Indígenas

Sedimentos foram removidos após projeto de R$ 611 mil fazer intervenção em cartão postal da Capital

Por Gabriela Couto | 21/09/2024 11:45
Com máquinas ao fundo, capivaras dividem espaço com equipes durante ação de desassoreamento (Foto: Gustavo Escobar/Imasul)
Com máquinas ao fundo, capivaras dividem espaço com equipes durante ação de desassoreamento (Foto: Gustavo Escobar/Imasul)

As operações de desassoreamento do lago de contenção no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, seguem em ritmo acelerado, com o objetivo de preservar o equilíbrio ecológico da área.

A iniciativa, coordenada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), órgão vinculado à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), é essencial para garantir a saúde ambiental do parque, evitando que sedimentos e outros materiais sólidos prejudiquem a qualidade da água e o funcionamento do lago principal.

Com o auxílio de escavadeiras hidráulicas e uma draga especializada, as equipes removeram cerca de 25% dos sedimentos acumulados ao longo dos anos, o que corresponde a 11.435,58 metros cúbicos de areia, lodo e outros resíduos trazidos pelas chuvas.

Apesar do progresso, desafios técnicos surgiram durante a operação. A draga inicial, que retirava entre 500 e 600 metros cúbicos por dia, teve sua eficiência reduzida para cerca de 100 metros cúbicos diários devido à presença de pedras. Em resposta, o Imasul está introduzindo uma nova draga, capaz de remover entre 600 e 800 metros cúbicos diariamente, mesmo em terrenos mais complexos.

O projeto, que conta com um investimento de aproximadamente R$ 611 mil, oriundos de recursos de compensação ambiental, prevê a retirada completa dos sedimentos em até 90 dias, caso não haja contratempos climáticos ou técnicos.

Cerca de 1.400 viagens de caminhão serão necessárias para transportar os resíduos, com cada veículo carregando até 10 metros cúbicos. O parque permanece aberto ao público durante as obras, e os visitantes são orientados a respeitarem a sinalização e evitarem áreas de movimentação dos caminhões e máquinas.

A manutenção preventiva do lago de contenção, que impede o assoreamento do lago principal, é crucial para evitar alagamentos durante o período chuvoso e garantir a preservação do ecossistema local.

Mesmo local da foto da capa, antes de passar por processo de desassoreamento (Foto: Gustavo Escobar/Imasul)
Mesmo local da foto da capa, antes de passar por processo de desassoreamento (Foto: Gustavo Escobar/Imasul)

“Essa ação é fundamental para mantermos o parque bem conservado e atrativo para a contemplação de todos. O trabalho realizado demonstra o cuidado que temos com uma das maiores áreas verdes urbanas do país”, afirmou André Borges, diretor-presidente do Imasul.

Os sedimentos removidos estão sendo levados para um areeiro homologado, em conformidade com as licenças ambientais, assegurando o descarte adequado dos materiais. O Imasul garante que o projeto está sendo realizado em conformidade com as normas ambientais vigentes, com acompanhamento técnico constante para mitigar quaisquer impactos.

O Parque das Nações Indígenas, com seus 116 hectares de área verde, oferece não só um refúgio para a fauna e flora locais, mas também celebra as culturas indígenas, sendo um espaço de lazer e contemplação da natureza para turistas e moradores da cidade.

O parque está aberto ao público diariamente, das 6h às 21h30, com horários especiais em dias de eventos. Informações sobre o andamento do desassoreamento e outras atividades podem ser acessadas nas redes sociais do Imasul.

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