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Meio Ambiente

MPMS tenta identificar fazendas que provocaram seca do Rio da Prata

PMA tem 60 dias para identificar propriedades que margeiam o rio e desrespeitam área de preservação

Por Silvia Frias | 02/09/2024 12:22
Trecho que está secando no Rio da Prata, em Jardim (Foto: Marcos Maluf)
Trecho que está secando no Rio da Prata, em Jardim (Foto: Marcos Maluf)

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu à PMA (Polícia Militar Ambiental) que identifique, em 60 dias, as propriedades que margeiam o Rio da Prata, em Jardim, e que não estão respeitando a APP (Área de Preservação Permanente), de acordo com o código ambiental.

O levantamento é um pedido do promotor de Jardim, Allan Carlos Cobacho do Prado, dentro do inquérito civil instaurado no dia 12 de julho, que apura as causas da seca e sujidade no rio.

O mapeamento será feito ao longo de 6,9 quilômetros, onde foi constatado que o rio secou e onde há fragilidade na mata ciliar. Em um dos trechos, conforme relatório do grupo Unidos do Rio da Prata foi encontrada até barragem feita com sacos de ráfia, cheios de terra, interrompendo o fluxo do rio.

O ofício foi encaminhado ao subtenente Esmael Ogeda, comandante do 2º GPMA de Jardim, sendo recebido no dia 19 de agosto.

A escassez hídrica assola a Região Hidrográfica do Paraguai, onde fica o Prata. A situação é causada pela falta de chuvas regulares em Mato Grosso do Sul, mas ação humana, como a instalação de barragens irregulares, estava contribuindo para diminuir ainda mais o fluxo do rio.

No fim de julho, uma força-tarefa realocou 200 peixes que morreriam sufocados pela falta de água e oxigênio, para outro trecho do rio, mais cheio.

O Rio da Prata tem 90,7 quilômetros de extensão. Antes e após o trecho em que desaparece, o rio segue visível e permitindo os passeios nos atrativos.  O Prata corre por Bonito e Jardim. Ele nasce na região da Serra da Bodoquena e deságua no Miranda, que é tributário do Rio Paraguai, o principal do Pantanal.

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