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Meio Ambiente

Obras nas nascentes do córrego Joaquim Português entram na reta final

Drenagem e recomposição das cabeceiras do Parque do Prosa e Parque dos Poderes evitarão erosão

Gabriela Couto | 23/02/2022 10:37
Imagem aérea da lagoa de contenção com capacidade para comportar 36 milhões de litros de água da chuva. (Foto:Edemir Rodrigues)
Imagem aérea da lagoa de contenção com capacidade para comportar 36 milhões de litros de água da chuva. (Foto:Edemir Rodrigues)

O assoreamento do lago do Parque das Nações Indígenas está com os dias contados. O problema que começava com as erosões nas nascentes do córrego Joaquim Português, localizado no Parque do Prosa e do Parque dos Poderes, está praticamente resolvido com a finalização das abros de drenagem no local.

Após 12 meses de intervenções, a erosão de décadas acabou com o investimento de R$ 4,84 milhões do orçamento do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). “Essa obra é extremamente importante para manutenção do Parque Estadual do Prosa, que é uma unidade de conservação ambiental integral do Estado; também para manutenção da biodiversidade e proteção das nascentes, lembrando que é esse o objetivo do Parque. Com essa obra cumprimos esse dever”, disse o diretor presidente do Imasul André Borges.

A erosão tinha 140 metros de comprimento, 40 metros de largura e em algumas partes até 6 metros de profundidade. Toda a terra e sedimentos que existiam ali foram carreados pela enxurrada e acabaram se acumulando no lago principal do Parque das Nações Indígenas.

Em 2020, o governo do Estado executou serviços de desassoreamento do lago, em convênio com a administração municipal de Campo Grande, aplicando recursos de R$ 1,5 milhão para retirar aproximadamente 150 mil metros cúbicos de sedimentos, que mobilizou duas máquinas retroescavadeiras e 10 caminhões e demandou sete meses de trabalho.

Mas o problema não resolveu e por isso, o governo do Estado, através da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) abriu licitação para executar os serviços, que foram iniciados em janeiro de 2021.

Projeto - Foi construída uma bacia de contenção em uma área de 12,9 mil metros quadrados, acima da Avenida do Poeta, com capacidade para comportar 36 milhões de litros de água. Além disso foram implantados 184 metros de tubos com 1,2 metros de diâmetro nas laterais da Avenida do Poeta e outros 730 metros de tubos com diâmetro variado na região, para direcionar a água pluvial à bacia de contenção.

Outros 65 metros de tubos com 1,4 metro de diâmetro atravessam a Avenida do Poeta, ligando a lagoa de contenção à canalização subterrânea implantada no fundo da vala formada pela erosão. Essa canalização se estende por 120 metros com tubos de 1,2 metro de diâmetro, em desnível leve, para impedir a velocidade da água.

Antes da água chegar ao leito do córrego, ainda passa por uma escada de dissipação de energia com 20 metros de extensão. Tudo para evitar que novo processo erosivo se forme devido à força da enxurrada.

Finalizadas as obras de drenagem, teve início o trabalho para aterrar a erosão e devolver a área novamente nivelada do Parque, o que demandou o transporte de 20 mil metros cúbicos de terra – material que havia sido removido para construir a lagoa de contenção. Agora, a enorme clareira aberta na mata exuberante do Parque do Prosa será lentamente encoberta, na medida em que se desenvolvam as mais de mil mudas de espécies do Cerrado que foram plantadas ali.

No Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (23) foi publicado o termo de paralisação por 30 dias da obra no local. A empresa responsável, Pactual Construções LTDA, deve retornar em março para finalizar os últimos detalhes. A medida serve para fazer ajustes finais e evitar que o contrato expire.

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