Prefeitura monitora área ribeirinha por risco de cheia no rio Paraguai
Previsão é de que águas do Paraguai e do Paraguai-Mirim transbordarão na Serra do Amolar em março
A Prefeitura de Corumbá –a 419 km de Campo Grande– iniciou levantamento da situação das comunidades ribeirinhas às margens do rio Paraguai e seus afluentes, por conta do aumento do nível das águas na região do Pantanal. A cheia na região é considerada atípica, sendo resultado das chuvas intensas que, nas últimas semanas, castigam a planície pantaneira.
O município tem a maior área do Pantanal em Mato Grosso do Sul, conforme ressaltou a assessoria do governo estadual. Técnicos da Agência Municipal de Proteção e Defesa Civil e do Cras (Centro de Referência em Assistência Social) iniciaram na quinta-feira (22) uma viagem pelo Pantanal para acompanhar os efeitos da cheia e definir estratégias de suporte às famílias.
Há 250 famílias, aproximadamente, vivendo ao longo de 220 km do rio Paraguai, entre o município e a divisa com Poconé (MT). A ação fluvial “Povo das Águas”, que presta assistência aos ribeirinhos e ocorreria primeiro no Paiagás (pelo rio Taquari), poderá ser antecipada de março para os próximos dias, a fim de dar suporte a essa parcela da população.
“Isso vai depender do que for avaliado nessa expedição”, afirmou a secretária municipal de Cidadania e Direitos Humanos de Corumbá, Beatriz Cavassa de Oliveira.
Cadastramento – A Defesa Civil de Corumbá vai recadastrar a população que vive à beira de rios a fim de ter dados seguros para a “Povo das Águas”, observando também como as águas do Pantanal estão se comportando em cada região, levando em conta as inundações graduais que foram aceleradas pelas chuvas nas cabeceiras dos rios e na planície.
“Os tributários do rio Paraguai, como os rios Taquari, Miranda, Aquidauana, Negro e outros, que estão tendo níveis expressivos, acabam também, de algum modo, influenciando e impactando a cheia nesse complexo pantaneiro”, afirmou o diretor-executivo da Defesa Civil, Isaque do Nascimento. O órgão municipal também monitora as encostas na área portuária de Corumbá, onde há moradias irregulares e de risco.