Projeto Tatu-canastra vai parar em viaduto da Ricardo Brandão
A previsão é de ficar pronto em até 10 dias para reflexão sobre a preservação e habitats
O viaduto Pedro Chaves dos Santos, no cruzamento da Rua Ceará com a Avenida Ricardo Brandão, começou nesta terça-feira (24) com um novo visual. Quem passou por lá se deparou com o inicio de uma pintura, promovida pelo projeto Tatu-canastra, do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), que pretende homenagear a fauna de Mato Grosso do Sul. O desenho deve ficar pronto em até 10 dias.
O desenho, que por enquanto está apenas um esboço, vai ilustrar um tatu e um tamanduá. Além de colorir a cidade, o mural quer gerar reflexão sobre a preservação desses animais e a importância de proteger seus habitats. O artista espera que a obra não só encante, mas também inspire a população a se engajar na causa ambiental.
" O desenho é para encantar a população com esses dois gigantes da biodiversidade, encantar eles com arte. É uma forma de apresentar para a sociedade essas espécies pouco conhecidas, que tem um papel tão fundamental na biodiversidade", relatou Arnaud Debiez, presidente do ICAS.
O escolhido para transferir a imagem para o viaduto foi o artista Fernando Berg, paulista de 32 anos. Ele veio para capital morena com o objetivo de palestrar em um curso de comunicação para a conservação do ICAS, e recebeu o convite para por a mão na massa, ou melhor, na tinta.
"Eles me convidaram, topamos a ideia, conseguimos autorização e viemos pintar", conta o artista, conhecido nas redes por militar e usar a arte para promover a preservação da natureza.
À reportagem do Campo Grande News, o artista conta que muitas pessoas passaram xingando e buzinando, e espera que, com o conhecimento do projeto, tenha mais aceitação.
Projeto Tatu-canastra
O projeto existe desde 2010 e é parte do ICAS, que foi criado para apoiar projetos de conservação que favoreçam a biodiversidade no Brasil. O principal objetivo é a conservação de duas espécies icônicas da fauna sul-mato-grossense, o tatu-canastra e o tamanduá-bandeira, através dos projetos “Tatu-canastra” e “Bandeiras e Rodovias”.
De acordo com o instituto, através dos esforços do Projeto Tatu-canastra e sua conscientização em revistas científicas e mídia popular, o mundo agora sabe que esses gigantes existem e que muitas espécies dependem de suas tocas.
Com o lema "Proteger a maior espécie de tatu do mundo, é defender a vida!", as ações contam com projetos educacionais, palestras e até atuação em campo.
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