Rio Olho D’Água volta ao normal e passeio por trilha submersa fica na lembrança
Passarela voltou ao normal depois que nível do rio subiu 3 metos acima do normal por conta das chuvas
Uma imagem digna de filme, a trilha submersa no Rio Olho D’Água reapareceu neste fim de semana após a chuva de 180 milímetros que caiu no Recanto Ecológico Rio da Prata, onde é feito o passeio ecológico. O fenômeno não era registrado desde 22 de janeiro de 2021.
No último sábado (25), as imagens feitas pelo fotógrafo do Grupo Rio da Prata, Mateus Alexandre, 29 anos, são impressionantes. Um verdadeiro aquário natural se formou na passarela, dando a impressão de estar dentro de um aquário natural.
“Atuo no Recanto Ecológico Rio da Prata a um ano e seis meses e, no último fim de semana, tive a oportunidade de contemplar um acontecimento único: a trilha submersa. Fiquei extasiado ao constatar que um dia antes ela estava seca e visitantes caminhavam por ela”, relata Mateus.
Com 1,72 m de altura é possível ver o tanto que o rio subiu. Foram 3 metros de altura acima do normal. “Com as chuvas ela [trilha] se transformou em um cenário extraordinário e a sua beleza permanecia a mesma. Foi incrível!”, completou o fotógrafo.
No entanto, apenas os turistas que participaram dos passeios do fim de semana tiveram a sorte de fazer o registro. Conforme a assessoria de imprensa do grupo, a água já desceu e voltou à normalidade nesta segunda-feira (27).
Trilha submersa - Esse cenário é reflexo da sua mata ciliar conservada e por estar dentro de uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), um tipo de Unidade de Conservação.
Quando chove muito, o Rio da Prata enche, ocasionando o represamento e aumentando assim o nível de água do Rio Olho D’Água. É um episódio raro presenciado somente por poucos visitantes.
A primeira vez que registramos o acontecimento do fenômeno natural foi em 2018, um episódio raro, e, ao final do dia, o rio já havia voltado ao seu nível normal. O evento se repetiu em março de 2019 e a última vez que o fenômeno aconteceu foi em 22 de janeiro de 2021, quando o deque do Vulcão ficou submerso após as chuvas na região.
O Rio Olho D’Água, onde acontece o passeio de trilha e flutuação, só se mantém cristalino devido à preservação do local. Quando estas matas são mantidas, há menos erosão nas margens e consequentemente menor carregamento e deposição de sedimentos nas águas. Por isso, mesmo diante de enchentes e chuvas fortes, a água permaneceu tão transparente.
