Rio Paraguai alcança melhor nível para dezembro em cinco anos
Estação de Ladário mostra que nível nesta segunda-feira (30) é 1,12 cm; em 2023 estava em 0,32 cm
O Rio Paraguai, um dos mais importantes cursos d'água da região Centro-Oeste, está registrando boas marcas nos últimos dias. Nesta segunda-feira (30), a régua de medição do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, do 6º Distrito Naval da Marinha, apontou um nível de 1,12 cm na estação de Ladário (MS). Este é o maior valor registrado para o período nos últimos cinco anos.
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O Rio Paraguai, na região do Pantanal, apresentou em 30 de dezembro de 2024 seu maior nível em cinco anos, atingindo 1,12 metros na estação de Ladário (MS), uma melhora significativa em comparação aos níveis críticos registrados nos últimos anos, inclusive o pior nível histórico de -69 cm em 2021. Essa recuperação, impulsionada por chuvas mais intensas, traz alívio para as atividades econômicas e os ecossistemas da região, embora especialistas recomendem monitoramento contínuo para avaliar a sustentabilidade deste aumento.
Para efeito de comparação, na mesma data em 2019, o nível do rio era de 1,06 metro. Desde então, os registros da estação apresentaram quedas acentuadas, refletindo a severa seca que afetou a bacia do Rio Paraguai nos últimos anos. Confira o histórico recente dos níveis do rio em Ladário no dia 30 de dezembro:
- 2024: 1,12 m
- 2023: 0,32 cm
- 2022: 0,32 cm
- 2021: 0,73 cm
- 2020: 0,20 cm
- 2019: 1,06 m
A melhora expressiva em relação aos anos anteriores pode sinalizar o início de um novo ciclo na bacia do Rio Paraguai. Essa recuperação é especialmente significativa considerando que, em 17 de outubro de 2021, a régua em Ladário registrou 69 centímetros negativos (-69 cm), o pior nível da história desde o início dos registros, em 1900.
Indicativos de recuperação - A marca atual é um alívio para a região, que depende do Rio Paraguai não apenas para abastecimento de água, mas também para atividades econômicas como navegação, pesca e turismo. Além disso, o nível do rio impacta diretamente os ecossistemas do Pantanal, uma das maiores áreas alagadas do mundo, que sofreu graves consequências durante os anos de seca extrema.
O aumento do nível também está relacionado às chuvas mais intensas e frequentes nos últimos meses, que têm contribuído para reverter o quadro de estiagem prolongada. especialistas alertam que é preciso monitorar continuamente as condições climáticas e hídricas para compreender se a recuperação será sustentável.
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