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Política

Em depoimento no TJ, testemunha diz que Olarte deve a agiotas R$ 800 mil

Flavio Paes/Thiago Souza | 27/11/2015 19:24
Jeferson Ferreira uma das testemunhas ouvidas  hoje (Foto:Gerson Walber)
Jeferson Ferreira uma das testemunhas ouvidas hoje (Foto:Gerson Walber)

O prefeito afastado Gilmar Olarte (PP) acumulou uma dívida de R$ 800 mil levantada junto a agiotas pelo seu ex-motorista Ronan Feitosa, que ao lado de Olarte, é acusado de corrupção ativa. A informação é de Jeferson Ferreira Vitório, outra testemunha de acusação que prestou depoimento nesta sexta-feira na audiência de instrução e julgamento de Olarte no Tribunal de Justiça. Jeferson, era padrasto de um rapaz identificado como Fabricio, filho de Marly Débora Pereira de Campos (ex-secretária de Olarte),  que na época era sua namorada.

O rapaz acumulou uma dívida de R$ 260 mil que até hoje não foi quitada. Em 2013 ele cedeu folhas de cheque a Ronan que as deu em garantia para emprestar dinheiro destinado para atender despesas pessoais de Olarte, na época vice-prefeito.

Jeferson,que era funcionário comissionado da Prefeitura (demitido com a cassação de Bernal), inconformado com a situação do enteado, segundo ele, “um trabalhador”, pressionado por agiotas, por uma dívida que não ele, mas de responsabilidade de Olarte, resolveu ir à Polícia Federal denunciar a situação. Isto depois que Debora (mãe de Fabricio) procurou Ronan insistentemente para ele cobrar de Olarteo pagamento.

“Ele não atendia as ligações, trocava de telefone e quando atendia, dizia que o homem (referindo-se ao prefeito afastado) pedia calma porque tudo se resolveria”, informa. Desesperada ela teria recorrido até as redes sociais para cobrar o Ronan.

Além de continuar devendo aos agiotas, Fabricio, conforme a testemunha, depois que da entrada de Olarte na Prefeitura, passou a ser vítima de perseguição. Uma guarnição da Polícia Militar teria ido a casa (os policiais chegaram a pular para entrar no quintal da residência), a pretexto de estarem investigando a denúncia de o local ser uma boca de fumo.

Interpelado por suas afirmações captadas em escutas telefônicas (autorizadas pela Justiça), de que o dinheiro levado por Olarte teria sido a “comprar” o voto dos vereadores pela cassação de Bernal, Jeferson diz ter feito este comentário “por ouvir dizer nos corredores da Câmara.

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