"Nada muda na Câmara", diz presidente sobre denúncia da Coffee Break
"Nada munda na Câmara Municipal por conta da Operação Coffee Break. As atividades seguem nomais e nosso regimento não prevê nenhuma alteração na rotina dos trabalhos", declarou nesta quarta-feira (1º) o presidente da casa de leis, vereador João Rocha (PSDB), que é citado junto a outros parlamentares suspeitos de compor esquema que culminou na cassação do prefeito, Alcides Bernal (PP), em março de 2014.
Para o tucano, é preciso deixar claro que os parlamentares não são réus, uma vez que o TJ-MS (Tribunal de Justiça) ainda não acatou a denúncia do Ministério Público. "Todos os vereadores investigados ainda serão notificados e terão prazo para apresentar suas justificativas", acrescenta João Rocha, reiterando que a cassação de Bernal foi legítima e com amplo direito de defesa.
"Não podemos esquecer que a decisão foi embasada em comprovações", afirma, ao lembrar que, na ocasião, foi instaurada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que constatou nove atos de improbidade administrativa. Conforme ele, a decisão do Legislativo foi respaldada pelos pareceres da CGU (Controladoria Geral da União), Tribunal de Contas e Ministério Público.
"Faríamos tudo igual e meu voto seria o mesmo, baseado em crimes comprovados", ponderou. "Atualmente existe uma suposição investigada pelo Ministério Público e eu respeito isso. Alguns foram ouvidos e agora terão oportunidade de se defender".
Por fim, o presidente da Câmara Municipal ressaltou que nunca foi intimado a depor. "Para mim foi uma surpresa, tive conhecimento pela imprensa. Mas somos pessoas públicas e estamos sujeitos a essas situações. Ainda não sei do que trata a acusação, então temos que esperar para providenciar as justificativas", disse, durante entrevista ao Campo Grande News, encerrando o assunto com a frase. "Tenho a consciência tranquila de que não cometi nenhum crime".