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Política

“O governador preferiu o Arroyo”, diz Giroto ao saber da decisão no TCE

Edivaldo Bitencourt | 16/12/2014 12:01
André e Giroto: no mesmo caminho desde Paranaíba, onde se conheceram.
André e Giroto: no mesmo caminho desde Paranaíba, onde se conheceram.

“Entre eu e o Arroyo, o governador escolheu o Arroyo”, limitou-se a dizer o secretário de Obras, Edson Giroto, ao saber da indicação do deputado estadual Antonio Carlos Arroyo (PR) para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, feita hoje cedo pelo governador André Puccinelli (PMDB).

Giroto conheceu o atual governador em Paranaíba (MS), de quem se tornou grande amigo, “fiel companheiro” e depois, ainda no primeiro mandato de deputado de André Puccinelli (1997/2000), ampliou uma relação que dura até hoje.

Giroto e o governador caminharam juntos na política. Eleito prefeito de Campo Grande, em 1996, André nomeou Giroto seu secretário de Obras, onde ficou até 2004, por conta da reeleição. Foi também secretario de André no governo do Estado e é atualmente deputado federal licenciado.

A pedido do governador, deixou a Câmara para ajudá-lo no projeto MS Forte, com bilhões de investimentos principalmente no setor de infra-estrutura. De novo, por solicitação de André, abriu mão de tentar a reeleição de deputado federal para continuar no governo.

Desde que surgiu a noticia de que abriria vaga no Tribunal de Contas, com a aposentadoria de José Ricardo Cabral, Giroto se tornou um dos fortes candidatos. Seu nome era tido como certo. Era, dizem fontes ligados ao governador e ao próprio secretário, um reconhecimento pela lealdade com com o governador.

O processo de escolha do conselheiro foi recheada de pressões, ameaças, polemicas e até demissões. Fontes do tribunal dizem que a aposentadoria não poderia ter sido assinada pelo próprio José Ricardo. Teria que ter sido pelo corregedor Ronaldo Chadid que está viajando e tem até o dia 25 para fazê-lo. O prazo era curto para a aprovação pela Assembléia, que entra em recesso dia 18.

O desfecho hoje surpreendeu quem esperava que o escolhido fosse Giroto. Ele próprio acreditava. Achava que sua “bagagem” justificava a escolha do amigo, que, no entanto, preferiu um caminho político, atender o próprio Arroyo, Londres Machado e o presidente da Assembléia, Jerson Domingos, quem mais se empenho na nomeação, depois, lógico, do próprio interessado.

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