"Se a loucura foi iniciada, tem de terminar", diz Azambuja sobre Aquário
Obra ainda não tem data de retomada e governo avalia acordo com a Justiça
Mesmo com um gasto estimado em R$ 250 milhões de recursos públicos, o Aquário do Pantanal "precisa" ser concluído, afirmou o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB). Ainda não há prazo para a retomada. Mas, o chefe do Executivo estadual acredita que, se houver acordo, "ainda em 2018".
"Gastar R$ 250 milhões é um absurdo, sendo que o Estado tem prioridades muito maiores. Mas se a loucura foi iniciada, tem de terminar. Mesmo sendo contrário à sua execução, é uma obra que usou dinheiro público, precisa ser concluída", disse nesta quarta-feira (13) quando concedeu entrevista à imprensa.
O empreendimento está totalmente paralisado e sem empresa para tocá-lo. A Egelte desistiu e a segunda colocada não quis assumir a obra. Agora, o governo avalia uma maneira de contratar uma nova empreiteira para finalizar o Aquário, iniciado em 2011 com a estimativa de gastos de R$ 84 milhões.
Até então, o Estado já gastou R$ 230 milhões. O restante do calculado pelo governador é a soma do que faltaria ainda para conclusão.
Reinaldo reforçou que está em conversas com o Ministério Público, Tribunal de Contas e Poder Judiciário para firmar um acordo que permita a retomada da obra. O Estado cogita contratação direta, sem licitação.
Histórico - Projetado para ser o maior aquário de água doce do mundo, o Aquário do Pantanal já custou pelo menos o dobro do que era previsto – poucos mais do que R$ 200 milhões em recursos do Estado.
Em agosto de 2016, a Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura) calculava valor de R$ 67.371.873,99 para conclusão da parte física e peixes. A previsão de custo atualizada em janeiro deste ano é de R$ 68.854.059,19. O valor foi reduzido para R$ 37 milhões, já que algumas partes do projeto original seriam retirados.