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Política

"Verdade prevalece", diz Reinaldo sobre arquivamento de investigação

Placar foi de 11 votos a zero pelo arquivamento de denúncia sobre recebimento de propina

Gabriel Neris e Humberto Marques | 24/10/2018 18:20
Governador Reinaldo Azambuja comemorou decisão unânime do STJ (Foto: Kísie Ainoã)
Governador Reinaldo Azambuja comemorou decisão unânime do STJ (Foto: Kísie Ainoã)

O governador e candidato à reeleição Reinaldo Azambuja (PSDB) comemorou a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de arquivar denúncia de suposto pagamento de propina ao ex-chefe da extinta Casa Civil, Sérgio de Paula, e disse que a verdade prevalece.

“Estou extremamente feliz. A gente sempre falou que a verdade ia prevalecer, ficaram batendo na tecla que seria condenado, que teria problemas. Nunca neguei que iria prestar contas”, comentou Azambuja.

O STJ arquivou hoje, por 11 votos a 0, a denúncia de José Alberto Miri Berger. A iniciativa era para reaver benefício fiscal para a sua empresa, a Braz Peli.

O intermediário para pagamento de propina seria José Ricardo Guitti, conhecido como Polaco. Berger disse que pagou propina R$ 500 mil em duas parcelas de R$ 250 mil, sendo a última em 10 de novembro, mesmo dia em que a licença foi reativada.

Mudança - Em novo depoimento prestado em 4 de junho de 2018, o empresário negou a conduta atribuída ao governador e ao ex-chefe da Casa Civil. Ele afirmou que a denúncia ocorreu “porque estava nervoso e tinha plena convicção” de que Reinaldo teria algum envolvimento.

Dessa foram, o que inicialmente seria uma denúncia contra Azambuja e De Paula, ganhou cenário de golpe contra Berger, vítima, segundo ele, de "Polaco", a quem teria dado dinheiro para manter incentivos fiscais do governo do Estado.

Nesta reviravolta, o MPF (Ministério Público Federal) encaminhou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) pedido de arquivamento de denúncias contra Reinaldo por não encontrar “indícios mínimos de crime”. O documento é datado de 4 de setembro. Hoje, a denúncia foi arquivada.

"Diante deste contexto, não sendo possível aferir minimamente as alegações contraditórias de José Alberto Miri Berger, constata-se a inexistência de indícios mínimos de crime a justificar a continuidade [da investigação]".

Logo após a denúncia do empresário, exibida no Fantástico, da TV Globo, o governo do Estado divulgou que a Braz Peli Comércio de Couros movimentou R$ 215 milhões sem recolher impostos e que a administração investigava o uso de seis empresas fantasmas para simular compra de couro bovino.

Com sede no Núcleo Industrial de Campo Grande, a empresa do denunciante José Alberto Berger teve benefício fiscal suspenso em novembro de 2016 e acionou a Justiça contra a Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda).

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