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Política

Acusada de "fantasma", esposa do ex-vereador terá de pagar R$ 29 mil de multa

Caso aconteceu na gestão passada, com a professora Ilcemara Lopes, esposa de Derly dos Reis de Oliveira (PP)

Por Jackeline Oliveira | 09/10/2023 09:58
Ex-vereador Derly dos Santos, o Cazuza (PP) ao lado da esposa Ilcemara, condenada a pagar multa de R$ 29 mil por ser funcionária fantasma na Capital (Foto: Divulgação)
Ex-vereador Derly dos Santos, o Cazuza (PP) ao lado da esposa Ilcemara, condenada a pagar multa de R$ 29 mil por ser funcionária fantasma na Capital (Foto: Divulgação)

Em dezembro de 2022, a professora Ilcemara Lopes Moraes de Oliveira, esposa do ex-vereador Derly dos Reis de Oliveira, o Cazuza (PP), foi condenada por improbidade administrativa. Passados dez meses, agora a acusada é cobrada a pagar a multa no valor de R$ 29.262,97 que foi determinada pela 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.

O valor é referente ao período que a esposa do ex-vereador recebeu sem trabalhar. Ela foi nomeada na Segov (Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais da Prefeitura de Campo Grande) e recebeu por dez meses, entre 2017 e 2018, o salário de R$ 2 mil por mês.

Conforme noticiado pelo Campo Grande News em outubro de 2019, Ilcemara foi nomeada em maio de 2017 para exercer o cargo em comissão de Gestor de Processo, quando Marcos Marcelo Trad, o Marquinhos Trad (PSD), era o prefeito de Campo Grande. A nomeação foi publicada no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) no dia 3. Segundo a denúncia do Ministério Público, ela recebeu o salário de cerca de R$ 2 mil até março de 2018.

Ilcemara chegou a recorrer da condenação, mas não teve sucesso. Na última sexta-feira (6), foi expedido o cumprimento da sentença, conforme publicação do Diário Oficial da Justiça.

O despacho traz prazo de 15 dias, para ela "efetuar o pagamento do débito, sob pena de penhora de bens e multa de 10%. Transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, inicia-se automaticamente o prazo de 15 (quinze) dias para que a parte executada, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação”.

A reportagem entrou em contato com o ex-vereador e com a esposa por telefone, redes sociais e Whatsapp, mas não obteve respostas.

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