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Política

Adalberto culpa falha em sistema por cobrança de tratamentos em mortos

Nyelder Rodrigues e Helton Verão | 17/07/2013 20:54
Primeira da esquerda para direita, Adalberto Siufi foi convocado a depor na CPI da Saúde nesta quarta-feira (Foto: Cleber Gellio)
Primeira da esquerda para direita, Adalberto Siufi foi convocado a depor na CPI da Saúde nesta quarta-feira (Foto: Cleber Gellio)

O médico Adalberto Siufi apontou nesta tarde, em depoimento na CPI da Saúde da Câmara Municipal, que a culpa pelo pagamento de tratamentos médicos em pessoas já mortas é do sistema de planejamento de tratamentos.

Conforme Adalberto, todo paciente precisa de um planejamento de tratamento criado em sistema informatizado, e o período desse tratamento é calculado e lançado neste sistema.

Porém, ele conta que no caso de morte de pacientes em tratamento, o sistema segue com os pagamentos, que são ressarcidos posteriormente. Além disso, Siufi disse não tem controle sobre tal sistema.

Superfaturamento – Quando perguntado sobre os valores cobrados acima da tabela do SUS, Siufi se esquivou afirmando que serviços feitos como procedimento cirúrgico podem ser cobrados além da tabela, em negociação anterior.

Sobre o alto salário que chegava a ser de R$ 100 mil e crescimento da empresa Neorad, terceirizada do qual é dono e que prestava serviços de tratamento oncológico ao SUS, Adalberto disse que tudo é fruto do trabalho dele.

O médico ressaltou que desde 2004 a clínica Neorad teve uma alavancada pois passou a oferecer serviços de radioterapia, e que os serviços da empresa tiveram preferência após o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) pedir por ajuda.

Na época, segundo Siufi dia 14 de setembro de 2012, haviam 200 pessoas na fila da radioterapia do SUS, problema sanado pelo Neorad em quatro meses.

Compra de equipamentos – Já ao ser indagado sobre a compra de um equipamento para radioterapia na Neorad, em valor superior a R$ 1 milhão, Adalberto afirmou que fez a aquisição usando recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste).

Durante a fala, o médico contou que a negociação foi intermediada por um homem chamado Nelson, que estava na plateia. Siufi apontou para o homem, que se levantou e passou a falar para o caso. Este foi o único momento em que alguém da plateia também depôs.

Desconhecimento – Sempre em tom de desconhecimento das acusações feitas a ele, Adalberto Siufi se defendeu afirmando que todas as contas eram auditadas pela Prefeitura, aprovando todos os procedimentos.

Sobre a amizade com Blender Zan, ex-presidente do conselho curador do HC em sua gestão, Adalberto confirmou a relação, e disse ser igual a qualquer outra, não vendo nenhum problema em ela existir.

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