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Política

Advogado teve prejuízo de R$ 62 mil com o “golpe do cheque em branco”

Edivaldo Bitencourt e Thiago de Souza | 27/11/2015 16:00
Advogado durante depoimento na tarde de hoje no Tribunal de Justiça (Foto: Gerson Walber)
Advogado durante depoimento na tarde de hoje no Tribunal de Justiça (Foto: Gerson Walber)

Um advogado confirmou, em depoimento na Seção Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que teve um prejuízo de R$ 62 mil ao cair no “golpe do cheque em branco”, que teria sido supostamente aplicado pelo ex-assessor da prefeitura, Ronan Edson Feitosa Lima, e pelo prefeito afastado, Gilmar Olarte (PP).

Segundo a depor na tarde de hoje na audiência de instrução e julgamento, presidida pelo desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, o advogado Carlos Lima da Silva, reafirmou a acusação contra Olarte e Ronan.

Além da advocacia, ele também constrói casas em São Paulo. Durante o depoimento, contou que conheceu Ronan em abril de 2013, como assessor de Olarte e de Alcides Bernal. Ele também teria dito que era assessor da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico).

Logo em seguida, Ronan teria lhe procurado para trocar cheques. Ao consultar os nomes dos donos dos cheques, Lima acabou trocando 11 folhas de cheques, que somaram R$ 68 mil. A testemunha contou que negociou os cheques em um escritório na Rua Sebastião Lima com Ronan e até com Olarte.

Dos R$ 68 mil trocados, ele só recebeu R$ 6 mil de um cheque. Os demais foram sustados, fraudados ou estavam com divergência de assinatura.

Carlos Lima contou que teve um longo período de negociação com Ronan. Ele chegou a prometer pagar-lhe tudo quando Olarte assumisse a prefeitura, já que a cassação de Bernal era fato certo na época. Ele contou que chegou a ligar para o então prefeito, mas Olarte foi indiferente.

Até o então secretário de Governo, Rodrigo Pimentel, segundo a testemunha, ligou e prometeu quitar o débito com os cheques em 30 dias. Ele até destacou que a data vencia no dia 1º de abril, quando é comemorado o Dia da Mentira.
No desespero, segundo o advogado, Ronan chegou a lhe propor o cargo de procurador-geral do Município, que recebia salário de R$ 15 mil por mês. No entanto, ele mesmo chegou a duvidar da proposta. “Foi um ato de desespero”, destacou.

A primeira pessoa a depor Anny Cristina Silva Nascimento Sales. Ela contou que emprestou folhas de cheque em branco para Ronan Edson Feitosa. Também reafirmou que Marly Debora Pereira de Campo, que prestou depoimento de manhã, chegou a receber ameaças de agiotas, que pagaram pelos cheques, mas não conseguiram receber o dinheiro.

Anny também confirmou que conseguiu um cargo comissionado na gestão de Alcides Bernal, desafeto de Olarte. Contudo, ela negou que estivesse acusando Olarte em troca do emprego.

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