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Política

Além de danos em estrutura, quadro de R$ 8 milhões foi destruído em ataque

Obra "As Mulatas", de Di Cavalcanti, está avaliada em R$ 8 milhões

Renata Volpe | 09/01/2023 12:03
Obra de Di Cavalcanti foi rasgada. (Foto: Reprodução, Twitter)
Obra de Di Cavalcanti foi rasgada. (Foto: Reprodução, Twitter)

Lista preliminar dos itens danificados por bolsonaristas radicais em ataque ao Congresso Nacional no último domingo (8) foi divulgada pelo Palácio do Planalto e até um quadro avaliado em R$ 8 milhões foi destruído.

Segundo o Governo Federal, a avaliação preliminar mostra que pinturas, esculturas e peças de mobiliário foram danificadas. Foi divulgado que a obra "As Mulatas", de Di Cavalcanti, cujo preço estimado é de R$ 8 milhões, também foi danificada.

"Os terroristas que invadiram o Palácio do Planalto neste domingo vandalizaram e destruíram parte importante do acervo artístico e arquitetônico ali reunido e que representa um capítulo importante da história nacional", diz trecho da nota.

Estão na lista também a escultura "O Flautista", de Bruno Jorge, avaliada em R$ 250 mil, e uma em madeira, de Frans Krajcberg, estimada em R$ 300 mil.

"As mulatas", de Di Cavalcanti - A obra é a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto e foi encontrada com sete rasgos, de diferentes tamanhos. A obra é uma das mais importantes da produção de Di Cavalcanti. Seu valor está estimado em R$ 8 milhões, mas peças desta magnitude podem alcançar valores até cinco vezes maior em leilões.

"O Flautista", de Bruno Jorge - Em bronze, a escultura foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliada em R$ 250 mil.

Relógio de Balthazar Martinot - O relógio de pêndulo do Século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versalhes, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor da peça não foi informado. Segundo o governo, a recuperação do objeto é 'muito difícil'.

Obra "Bandeira do Brasil", de Jorge Eduardo, de 1995 - A pintura, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o térreo do Palácio do Planalto, após vândalos abrirem hidrantes ali instalados.

Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg - A escultura foi quebrada em diversos pontos. A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça está estimada em R$ 300 mil.

Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck - Exposta em um dos salões do Palácio do Planalto, a mesa foi usada como barricada pelos radicais.

Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues - O móvel teve o vidro quebrado.

Galeria dos ex-presidentes também foi destruída pelos vândalos, com todas as fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e quebradas. A galeria ficava no térreo do Palácio do Planalto.

Ainda segundo o Palácio do Planalto, há muitos quadros rasurados ou quebrados, especialmente fotografias. O estado de diversas obras não pôde ainda ser avaliado, pois é necessário aguardar a perícia e a limpeza dos espaços.

Relógio de pêndulo do Século XVII, presente da Corte Francesa. (Foto: Reprodução)
Relógio de pêndulo do Século XVII, presente da Corte Francesa. (Foto: Reprodução)


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