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Política

Aliados ficam com presidência e relatoria de comissão sobre denúncias

Também integram o grupo Eduardo Rocha, Marcio Fernandes. Só Pedro Kemp é da oposição

Lucas Junot e Leonardo Rocha | 30/05/2017 18:54
Paulo Correa (à esquerda) é o presidente da comissão; Eduardo rocha (à direita) é o vice. Beto Pereira (ao centro).
Paulo Correa (à esquerda) é o presidente da comissão; Eduardo rocha (à direita) é o vice. Beto Pereira (ao centro).

Deputados estaduais definiram nesta terça-feira (30) o presidente e relator da comissão especial que vai avaliar as denúncias contra o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), na Assembleia Legislativa. Paulo Corrêa (PR) será o presidente e Flávio Kayatt (PSDB) será o relator. Ambos são do bloco aliado do governo.

Os donos da JBS, em delação premiada, afirmaram que foram pagos R$ 150 milhões em propina aos ex-governadores Zeca do PT, André Puccinelli (PMDB) e o atual, Reinaldo Azambuja (PSDB), em troca dos incentivos fiscais concedidos a empresa. A investigação foca no atual governo.

O grupo tem a seguinte formação: Pedro Kemp (PT); pelo bloco do PSDB, Flávio Kayat (PSDB) e Paulo Corrêa (PR); Eduardo Rocha e Márcio Fernandes pelo PMDB.

Reinaldo negou as acusações e disse que a delação dos donos da JBS era "mentirosa" e faltava com a verdade. Ele alega que só recebeu da JBS, uma doação oficial, no valor de R$ 10,5 milhões, que foi repassada a sua campanha, em 2014, por meio da direção nacional do PSDB.
O grupo tem a seguinte formação: Pedro Kemp (PT); pelo bloco do PSDB, Flávio Kayat (PSDB) e Paulo Corrêa (PR); Eduardo Rocha e Márcio Fernandes pelo PMDB.

Pelo PSDB, Flavio Kayat, espera que a comissão apure todas as informações, “para que não possa jogar todo mundo na mesma vala”. “Temos que mudar quais políticos são sérios e quem cometeu irregularidades”.

O parlamentar afirma que ele mesmo recebeu R$ 14,3 mil do partido, mas somente depois descobriu que era da JBS. “Na época, era até prestígio receber doação de uma empresa que era elogiada no Estado”.

O PT definiu Pedro Kemp para compor o grupo. A ideia do deputado, afirma, é questionar os envolvidos, os que foram citados na delação e os que têm relação. “No meu caso, recebi R$ 30 mil no partido, mas não sabia que era da JBS”. Se nenhum dos parlamentares quiser ocupar os principais cargos, ele se coloca a disposição.

A comissão criada poderá também investigar as últimas denúncias envolvendo o governo estadual. Sem citar quais seriam, o deputado Eduardo Rocha, escolhido do PMDB, disse que vai sugerir aos deputados que possam ir a Brasília, pedir diretamente para o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Edson Fachin, cópia da delação da JBS.

"Independente verificar as questões da JBS, nada impede de analisar denúncias locais, como de frigoríficos daqui. Vamos avaliar tudo", completou Márcio Fernandes.

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