Ânimos acirrados, filas, segurança reforçada e clima tenso na Câmara
A uma hora da abertura da sessão, cujo cardápio principal é a possibilidade de abertura de comissão processante contra o prefeito Gilmar Olarte (PP), a Câmara Municipal de Campo Grande tem segurança reforçada e ânimos exaltados.
O estacionamento do imóvel, na avenida Ricardo Brandão, foi fechado. No local, será montado telão para quem não conseguir entrar no plenário. A batalha pelas 360 senhas para acompanhar a sessão fez com que muita gente chegasse logo no começo da manhã desta quinta-feira.
Primeiro da fila, Reginaldo dos Santos Gonçalves, 36 anos, mora no bairro Nova Lima e chegou às 6h40. “Vim para assistir, para ver o que vai dar”, afirma.
Funcionário público concursado, o agente de saúde Rodolfo Carlos Ferreira, 43 anos, conta que espera uma votação justa e democrática. A tensão do momento político se refletiu até na ordem de entrada em plenário.
Quem chegou primeiro e pegou a senha com guardas municipais questionou se era preciso formar fila, o objetivo era ocupar as primeiras fileiras de cadeiras. Diante da negativa, o grupo se dispersou, mas se irritou ao ver que quem chegou depois já estava perfilado para entrada no plenário. A situação foi resolvida com o compromisso de entrarem juntos. A segurança é feita pela PM (Polícia Militar) e Guarda Municipal.
A oposição também deve apresentar requerimento de afastamento do prefeito, pois ontem o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) aceitou a a denúncia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro contra Olarte.
