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Política

Antes da reforma, Delcídio garante no Senado aposentadoria de R$ 11,5 mil

O ex-senador afirma que tem mais de 40 anos de trabalho e que a aposentadoria é um processo natural

Anahi Zurutuza | 01/07/2019 17:20
Delcídio do Amaral em entrevista ao Campo Grande News no ano passado, antes das eleições (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)
Delcídio do Amaral em entrevista ao Campo Grande News no ano passado, antes das eleições (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)

Um ano após ser absolvido da acusação de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, motivo pelo qual teve o mandato cassado, Delcídio do Amaral conseguiu aposentadoria especial pelo Senado. O ex-senador por Mato Grosso do Sul, que foi do PT e agora está no PTC, receberá R$ 11,5 mil por mês, segundo apurou o jornalista Igor Gadelha, da revista Crusoé.

Delcídio passou 13 anos, quatro meses e 10 dias como senador e garantiu a aposentadoria antes da aprovação da reforma da Previdência. O Senador informou que “o valor dos proventos corresponderá a 12/35 (doze trinta e cinco avos) do subsídio parlamentar vigente”.

Por meio da assessoria de imprensa, o Legislativo federal informou ainda que não há previsão legal “que disponha sobre a vedação/indeferimento de concessão de pensão e/ou aposentadoria aos parlamentares que perderam o mandato por cassação ou renúncia”.

Um dos pontos da proposta enviada ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) é acabar com a aposentadoria especial para deputados federais, senadores, deputados estaduais e vereadores. Se aprovada a reforma, políticos da próxima legislatura passarão a seguir as mesmas regras dos trabalhadores do setor privado e só poderão se aposentar com o teto do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), de R$ 5.839,45.

Delcídio disse à reportagem que não estava sabendo, mas que se a aposentadoria saiu, com certeza, no valor contam os anos de contribuição como engenheiro e executivo. “Eu não vi nada. Meus advogados estavam tomando conta disso. Estou na fazenda”, afirmou.

O ex-senador afirma que tem mais de 40 anos de trabalho e que a aposentadoria é um processo natural. “Tenho tempo de sobra, de quando eu era peão de obra, na diretoria da Petrobras, na Vale, da Eletrobras, da Shell. Não nasci político, não sou de família de político, não sou político profissional e não me aposento usando somente as vantagens que políticos têm”, ressaltou.

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