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Política

Apoio ao governo Riedel “racha” PT em Mato Grosso do Sul

Caciques do partido decidiram apoiar o tucano, enquanto deputada de primeira viagem ficará “independente”

Jhefferson Gamarra | 17/01/2023 16:41
Vander Loubet e Camila Jara que irão compor a bancada petista de MS em Brasília (Foto: Divulgação)
Vander Loubet e Camila Jara que irão compor a bancada petista de MS em Brasília (Foto: Divulgação)

Impasse no PT (Partido dos Trabalhadores) colocou em questionamento o comportamento da sigla na gestão do governador Eduardo Riedel (PSDB). Um grupo aceitou fazer parte da base tucana em troca do comando da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e outros nove cargos. Outra ala, encabeçada pela deputada federal eleita Camila Jara (PT), decidiu não compor o governo.

Apoiadora irrestrita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a nova deputada federal anunciou que ficará “independente” em relação às politicas estaduais, priorizando a fidelidade e convicções ideológicas, uma vez que Eduardo Riedel apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições 2022.

“Abrimos mão de indicar qualquer nome para ocupar cargos na gestão Eduardo Riedel, independentemente de posição ou hierarquia. Desejamos sorte ao novo governo e reforçamos a disponibilidade, o interesse e o compromisso de auxiliar e construir, junto ao Executivo Estadual, políticas públicas, sobretudo as que têm como foco a redução das desigualdades e a melhoria da vida de quem mais precisa e das minorias que não se veem representadas”, informou Camila Jara.

Na contramão da colega de parlamento, o deputado federal Vander Loubet (PT) reforçou a necessidade de o partido compor a atual gestão, garantindo que os deputados estaduais Amarildo Cruz, Pedro Kemp e Zeca do PT, que irão compor a base de Riedel na Assembleia Legislativa, ficarão à vontade para exercer os mandatos, podendo propor ajustes e críticas ao governo, desde que “construtivas e cabíveis”.

“Entendemos ser importante o PT participar da gestão de Riedel, não apenas por conta do apoio dado em sua eleição, mas principalmente pela oportunidade de elaborar e executar políticas públicas em áreas que são sensíveis ao partido, como é o caso da agricultura familiar, dos povos indígenas, das comunidades quilombolas, do público LGBTQIA+ e das mulheres”, informou o petista em nota, ressaltando ainda que “não há mais disputa de hegemonia política entre PT e PSDB”.

Apaziguando o impasse na cúpula sul-mato-grossense, o presidente regional da sigla, Vladimir Ferreira, disse à reportagem que os membros do partido foram autorizados a manter neutralidade e independência em relação ao governo estadual. “Tivemos como encaminhamento aceitar o convite, mas isso não significa um enfrentamento. Quem não quiser participar não irá participar. Nós iremos preservar a independência partidária das nossas bancadas”, minimizou o presidente.

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