Após desistência, PSOL lança Adônis Marcos ao governo de MS
Militante da reforma agrária assume pré-candidatura, mas legenda mantém conversas com PT para aliança
A professora Luhhara Arguelho desistiu de concorrer ao governo de Mato Grosso do Sul pelo PSOL. Até então na corrida pelo Senado Federal, o advogado Adônis Marcos vai ser o postulante da legenda à Governadoria.
Natural de Cascavel (PR), Adônis é militante na reforma agrária. Esta será a sexta eleição que o advogado disputará.
Em 2010, concorreu a deputado estadual pelo então PTC (atual Agir). Já pelo PTB, foi à disputa de vereador da Capital em 2012 e novamente deputado dois anos depois. Pelo PDT, foi novamente candidato a vereador em 2016 e 2020.
Ao Campo Grande News, a presidente estadual do PSOL, Márgila Leal, explicou que Luhhara desistiu para tentar conquistar uma das oito cadeiras de deputado federal. “Ela vai para a disputa de deputado federal para ajudar o partido a superar a cláusula de barreira”, comentou.
Na disputa ao Senado, entra o professor Sidney Melo. Ele já concorreu à prefeitura em 2012 e ao governo em 2018. Mas sua primeira eleição foi em 2000, a de vereador pelo PMN.
O pré-candidato a vice-governador e os dois suplentes de senador serão definidos até a próxima semana. O partido está em federação com a Rede Sustentabilidade.
Alianças – Apesar das pré-candidaturas, o PSOL mantém negociações com o PT. O cenário pode, portanto, mudar no período de convenções, de 20 de julho a 5 de agosto.
“As conversas com o PT não foram encerradas. Temos até as convenções, nada está fechado. E também nada impede que o [ex-presidente] Lula tenha dois palanques no Estado”, disse Márgila.
O PT aposta na advogada Giselle Marques para voltar à Governadoria. Em abril, o também advogado Luiz Eloy Amado, indígena da etnia Terena, foi apontado como eventual pré-candidato a vice da petista.