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Política

Após operação da PF, Câmara cria CPI para apurar denúncias em Corumbá

Aline dos Santos | 04/06/2012 16:40

A ação investiga desvio de dinheiro e direcionamento de licitações.

Vereadores criaram CPI após operação Decoada.
Vereadores criaram CPI após operação Decoada.

A Câmara Municipal de Corumbá criou uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar indícios de improbidade administrativa na prefeitura. A comissão surgiu quatro dias depois da operação Decoada, realizada pela PF (Polícia Federal) na última quinta-feira. A ação investiga desvio de dinheiro e direcionamento de licitações.

A CPI é integrada pelos vereadores Oséas Ohara de Oliveira e Antônio Vianna Galã, ambos do PMDB, e Marcos de Souza Martins, o Marquinhos do PT. Os membros se reunirão para escolha do presidente e do relator, com prazo de 60 dias para concluir o trabalho.

O promotor Luciano Anechini Lara Leite comunicou à Câmara que o MPE (Ministério Público Estadual) apurou - em investigações integradas com o MPF (Ministério Público Federal ), CGU (Controladoria- Geral da União) e Polícia Federal - favorecimentos a empresas, direcionamento e fraude em licitações, uso de documentos falsos e falsidade ideológica em contratos firmados pela prefeitura.

A comissão foi formada a pedido dos vereadores Oséas Ohara (PMDB), Evander Vendramini (PP), Antônio Galã (PMDB), Dirceu Miguéis (PMDB) e Rogério Candia (PMDB). Os membros foram escolhidos por meio de votação nominal.

“Estamos diante de fatos muitos graves, enquanto a prefeitura continua se negando a enviar documentos para esta Casa, de prestação de contas de contratos que hoje estão sendo questionados pela Justiça”, afirmou o presidente Evander Vendramini (PP).

Escutas e prisões - Na operação Decoada, foram presos o secretário de Finanças e Administração, Daniel Martins Costa; o ex-presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Rodolfo Assef Vieira, que deixou o cargo para disputar as eleições; o assessor de gabinete, Carlos Porto; e a gerente II da Secretaria de Gestão Governamental, Camila Campos Carvalho Faro. Todos já estão em liberdade.

O secretário de Finanças e Porto foram afastados de suas funções pela Justiça. A lista de afastamentos ainda inclui o secretário municipal de Saúde, Lauther Serra; diretor da junta interventora do Hospital de Caridade, Vitor Salomão Paiva; e os servidores Osana de Lucca, Márcio Androlage Chaves e Maria Vitória da Silva.

De acordo com o delegado da PF (Polícia Federal), Alexandre do Nascimento, as prisões e afastamentos foram por indícios de participação no esquema para lesar os cofres públicos. Ainda não foi determinado o tamanho do prejuízo, contudo, as fraudes envolvem milhões de reais em recursos federais. Escutas telefônicas apontam indícios de fraudes na área de Saúde e superfaturamento de show.

Segundo o prefeito Ruiter Cunha (PT), vários casos apontados como fraudes licitatórias e desvio de verbas pela CGU já foram rebatidos e esclarecidos pelos técnicos da prefeitura de Corumbá. “Não dá para falar que A, B ou C cometeu qualquer tipo de delito. Não dá para ser sustentada assim”, declarou.

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