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Política

Assembleia aprova moção de pesar pela morte de Ruiter, mas mantém sessão

Anahi Zurutuza e Leonardo Rocha | 01/11/2017 11:00

Diferente do que havia sido informado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mocchi (PMDB), a sessão da casa de leis não foi suspensa, pelo menos até às 10h30 desta quarta-feira (1º). O deputado estadual havia dito mais cedo à reportagem que possivelmente “levantaria” o encontro ordinário em luto pela morte do prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha (PSDB).

Nenhum parlamentar pediu a suspensão e apenas o deputado Paulo Siufi (PMDB) apresentou uma moção de pesar, que foi aprovada.

Nesta manhã, 13 deputados participam da sessão. Rinaldo Modesto (PSDB), Beto Pereira (PSDB), Felipe Orro (PSDB) e Coronel David (PSC) deixaram a sessão para pegar avião. Eles vão para o velório, que deve começar no início da tarde, em Corumbá.

O deputado Amarildo Cruz (PT), ex-companheiro de partido e colega de profissão de Ruiter falou sobre a amizade do o prefeito. “Conheci Amarildo Cruz em 1985, quando começamos a trabalhar na Secretaria de Estado de Fazenda [os dois são auditores]. Tinha uma grande amizade com ele e fui uma das pessoas que trouxe o Ruiter para o PT”.

Amarildo disse estar triste e ressaltou as qualidades do chefe do Executivo. “Ele era a cara de Corumbá, um ótimo prefeito e uma pessoa querida que ainda tinha muito a produzir”.

Rinaldo lembrou da ida de Ruiter para o PSDB. “Era muito humilde, Corumbá e Mato Grosso do Sul perdem muito com a morte dele. A prova que ele fez um bom trabalho, é que ele foi novamente eleito quando não estava mais em mandato, mostrando que a população ainda admirada o trabalho dele”.

Morte – O chefe do Executivo corumbaense morreu na madrugada desta quarta-feira (1º), seis horas depois de passar por cirurgia cardíaca.

Ruiter passou mal na segunda-feira (30). Ele sentiu dores fortes na perna e na barriga simultaneamente, foi levado para a Santa Casa de Corumbá, sendo transferido à Capital no mesmo dia, em uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) aérea.

No Proncor de Campo Grande ele passou por um cateterismo, exame que vasculha os vasos sanguíneos em busca de problemas vasculares e no coração. Na Capital, foi diagnosticado com um aneurisma dissecante da aorta abdominal, que significa o rompimento da artéria, a maior do corpo, nesta região.

Depois de ser estabilizado, o paciente foi levado ao centro-cirúrgico, nesta terça-feira (31), onde foi operado pela equipe do cirurgião cardíaco João Jazbik Neto por quatro horas.

Segundo informações da assessoria de imprensa da prefeitura corumbaense, o prefeito sofreu várias paradas cardíacas no pós-operatório e oscilação constante da pressão arterial. Além disso, os medicamentos aplicados não surtiram efeito e o prefeito teve morte confirmada às 0h28.

Ruiter Cunha tinha 53 anos e deixa mulher, Beatriz Cavassa, e os filhos Rodrigo e Rafaela, além da mãe e da irmã.

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