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Política

Até mesmo vereadores da base de Bernal podem votar pela cassação

Aline dos Santos | 25/12/2013 11:51

Em busca de aliados para garantir 10 votos e se livrar de ser cassado amanhã pela Câmara Municipal de Campo Grande, o prefeito Alcides Bernal (PP) pode sofrer baixa no grupo de oito vereadores que o apoiaram contra a instalação da Comissão Processante, trabalho que antecedeu o parecer pela perda do mandato. “O meu voto e o do João Rocha não são seguros”, afirma o vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão. O parlamentar é o único aliado que Bernal havia conseguido “fisgar” da oposição.

“Desde aquele dia, o prefeito não me ligou para dar bom dia, não me trata nem como vereador. Não ligou nem para falar Feliz Natal”, diz o vereador, reclamando do desprestígio do prefeito em relação ao “neoaliado”.

Carlão relata que soube, por terceiros, que o PSB poderia indicar o titular da Secretaria da Juventude. “O prefeito nunca chamou o PSB para conversar”, afirma o parlamentar. A pasta está vaga desde junho deste ano, quando foi criada.

O vereador acredita que a postura do prefeito é mágoa pelo apoio do PSB a Edson Giroto (PMDB), que disputou a eleição com Bernal. “Tem que largar a mão de mágoa, mas Deus dá sabedoria”, diz. O vereador passou o Natal em Pedro Gomes, a 309 km de Campo Grande, e retorna ainda hoje para a Capital. A tempo de ler o relatório de 104 páginas da Comissão Processante e participar, caso convidado, de uma reunião dos aliados do prefeito Alcides Bernal.

Segundo o parlamentar, o voto a favor de Bernal só deve ocorrer se o relatório da Processante for igual ao relatório da CPI do Calote, que serviu de subsídio. “Pode ser 70% igual, mas 100% não dá”, avalia. Amanhã, a partir das 8h, a capital de Mato Grosso do Sul assiste, em 114 anos de história, a primeira sessão que pode levar a perda de mandato do chefe do Poder Executivo.

Para a Comissão Processante, o prefeito fez contratos fora dos procedimentos normais de licitação, criando uma “emergência fictícia, ilusória ou fabricada”.

A comissão que pode levar a perda do mandato do prefeito foi instaurada em 15 de outubro, com placar de 21 votos a oito. Votaram a favor de Bernal os seguintes vereadores: Zeca do PT; Marcos Alex (PT); Ayrton Araujo (PT); Derly dos Reis de Oliveira, o Cazuza (PP); João Rocha (PSDB), Luisa Ribeiro (PPS), Carlão (PSB) e Gilmar da Cruz (PRB).

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