Bernal denuncia à OAB ex-assessor por revelar história de ex-catadora
O prefeito Alcides Bernal oficializou, nesta terça-feira (24), pedido para a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional de Mato Grosso do Sul) investigar seu ex-assessor, o advogado Rubens Clayton Pereira de Deus, por falta de ética profissional.
“Quero que a OAB quebre essa campanha difamatória que está acontecendo contra mim na mídia”, disse, fazendo menção à história da ex-catadora de lixo, Dilá Dirce de Souza, 65 anos, que cobra indenização de cerca de R$ 148 mil por parar na cadeira de rodas, após acidente no lixão.
Segundo Bernal relatou ao presidente da OAB-MS, Júlio César, seu ex-assessor foi responsabilizado por seu escritório para cuidar do caso da ex-catadora.“Ele sabia de tudo e faltou com ética profissional ao levar a história à mídia”, alegou Bernal. “Quero que a OAB tome as devidas providências”, completou.
Ontem (23), em entrevista coletiva, o prefeito acusou o advogado de estar a par do caso e procurar a imprensa como se estivesse assumindo o processo agora. Rubens, por sua vez, alega descaso de Bernal no processo, o que deixou dona Dilá sem indenização de cerca de R$ 148 mil, desde 2002.
O prefeito negou apropriação do dinheiro, mas confirmou retirada de cerca de R$ 5 mil da conta da ex-catadora para bancar tratamento médico de dona Dilá. Em reportagem em rede nacional, a TV Record apresentou outros saques, totalizando em torno de R$ 25 mil.
Apesar de afirmar que o caso estava nas mãos do assessor, Bernal ingressou com ação para cobrar os honorários advocatícios pelo caso da ex-catadora. Atual advogado dela, Rubens também denunciou o prefeito à OAB por descaso.
Outra denúncia – Ainda na OAB, Bernal prometeu apresentar, amanhã (25), “protocolo para que a OAB tome conhecimento do que está acontecendo na CPI (do Calote) e se certifique que não há irregularidades na gestão”.
“Quero que a OAB acompanhe de perto a CPI para que se tenha certeza da boa aplicação do direito da legislação vigente e que faça cumprir o respeito à democracia das eleições”, justificou. Em resposta, o presidente da Ordem prometeu analisar o que a entidade “pode fazer”.