Câmara suspende sessão para deliberar sobre reajuste de servidor
Os servidores administrativos da Educação, ligados ao Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), lotaram auditorio da Câmara dos Vereadores na manhã desta quinta-feira (5) e a sessão foi suspensa pelo presidente da casa, João Rocha (PSDB), que determinou abertura de plantão para debater o reajuste dos servidores.
A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) se pronunciou contra o encerramento, evocando respeito aos presentes à sessão e ressaltando que o assunto poderia ser tratado ao longo do dia. O presidente do SISEM, Marcos Tabosa, discursou na Tribuna protestando conta o que classificou como desrespeito por parte do prefeito, Alcides Bernal (PP) que “teve coragem de dar 40 reais de aumento no bolsa-alimentação, que não dá para comprar quase nada”.
O pleito é que o auxílio suba de R$ 190,00 a R$ 600,00, Tabosa argumenta que há 800 servidores que recebem abaixo do salário mínimo e dependem do reajuste para garantir a sobrevivência. Ele também argumentou que na última semana Alcides Bernal nomeou quatro servidores que juntos recebem R$ 32 mil mensais, como evidência clara de que não existe falta de dinheiro. Também citou a arrecadação mensal do Executivo, entre R$ 260 milhões a R$ 285 milhões. “Desafio o prefeito a abrir as contas da prefeitura e provar que a arrecadação não existe”.
Ainda na Tribuna, citou como exemplo Corumbá que ontem concedeu aumento aos professores, sendo o prefeito Paulo Duarte (PDT) candidato à reeleição, o que tornaria infundada a principal argumentação de Bernal, de que o ano eleitoral impediria o reajuste. O presidente do SISEM reivindica que o projeto de Lei de Reajuste seja votado na próxima terça-feira, porém com emendas que contemplem as reivindicações.
Histórico – A Prefeitura de Campo Grande ofereceu, em março, reajuste linear de 9,57% aos servidores, índice rejeitado na ocasião pela categoria que se movimentou para que Câmara de Vereadores rejeitasse o Projeto de Lei. Na última semana, o prefeito Alcides Bernal enviou novo projeto, desta vez somente com a reposição inflacionária dos meses de janeiro a março, de 2,79%, alegando limitação em função do ano eleitoral.