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Política

Candidato denuncia pesquisa ‘viciada’ e Justiça Eleitoral proíbe divulgação

Depois de ter acesso aos dados coletados pela Valle Pesquisas, chapa pediu que publicação de estatísticas sobre intenção de votos fosse barrada

Anahi Zurutuza | 31/08/2016 19:49
Rafael Scaini e Luiz Carlos Santini, advogados de David, depois de protocolarem denúncia no TRE (Foto: Ricardo Campos Jr.)
Rafael Scaini e Luiz Carlos Santini, advogados de David, depois de protocolarem denúncia no TRE (Foto: Ricardo Campos Jr.)

A Justiça Eleitoral proibiu que o Instituto Valle Pesquisas divulgasse amanhã (1º) pesquisa de intenção de votos para prefeito realizada em Campo Grande. O juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 53ª Zona Eleitora, deu a decisão depois que a coligação a chapa “Por uma Campo Grande melhor”, encabeçada pelo candidato a prefeito Carlos Alberto David dos Santos, o Coronel David (PSC), denunciou que o trabalho estava sendo feito de forma suspeita.

Por meio da defesa, a chapa levantou a suspeita sobre a forma a equipe que faz o trabalho de rua da empresa trabalharia, porque no registro de uma das pesquisas, o Instituto Valle garantiu que faria 1.750 entrevistas por R$ 5 mil e em outra, cadastrada anteriormente, informou cobraria R$ 4 mil para entrevistar 850 eleitores.

“A pesquisa dobra praticamente a quantidade de entrevistados havendo apenas um acréscimo de apenas R$ 1.000,00, o que gera suspeitas sobre o ‘time de campo’ do referido instituto para a obtenção dos dados, já que, como demonstrado, a pesquisa é feita através de formulários impressos”, argumentou o Partido Social Cristão.

Os advogados destacam ainda que o preço cobrado pelo Valle Pesquisa está muito aquém do exigido por outros institutos, como o Ibope que orçou pesquisa de intenção de votos para prefeito e vereador na Capital em R$ 45 mil.

A chapa apontou também problemas no plano amostral que seria usado pelo Valle.

O juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 53ª Zona Eleitoral, deferiu o pedido ressaltando que “a divulgação de pesquisa, suspeita de irregularidade, é irreversível, e pode trazer prejuízos de grande monta para o bom andamento da campanha eleitoral”.

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