Candidatos focam pontos polêmicos em debate sobre educação
Seis candidatos à Prefeitura de Campo Grande, que participam neste momento de debate promovido pelo ACP (Sindicado Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), no teatro Glauce Rocha, convergiram em pontos polêmicos do setor para agradar o público presente, formado em sua maioria por educadores.
Na primeira parte do embate, destinada à apresentação de propostas, eles prometeram, em comum, aumentar o número de escolas em tempo integral na Capital, eleição direta para diretores da Reme (Rede Municipal de Educação), cumprimento de 1/3 da hora atividade para professores e maiores investimentos para aumentar a segurança nas unidades. Cada confirmação dos temas resultava em aplausos na plateia.
O primeiro a falar no debate foi Edson Giroto (PMDB). Ele se escorou em seu histórico como secretário de Obras por dez anos na cidade e destacou que Campo Grande, a partir de janeiro do ano que vem, será a única Capital a pagar o piso nacional da categoria para 20 horas/aula.
O peemedebista ainda enalteceu os altos índices relacionados à Educação no município e falou sobre seu projeto de campanha, o Coração de Mãe, que prevê "espaços de múltiplas atividades para atender as famílias nas áreas de educação (reforço escolar), saúde preventiva, esporte, cultura e lazer".
Vander Loubet (PT) se apoiou no desempenho do Governo Federal administrado pelo seu partido e defendeu eleição direta para diretores para que “servidores não precisem apoiar vereadores ou tem que assistir debate”.
Sidney Melo (PSOL) disse que sua história política foi construída nos movimentos sociais. Prometeu o cumprimento de 1/3 de hora atividade, descrição do orçamento da Prefeitura em Educação para os servidores, bem como investimento em segurança física e emocional para os professores que, segundo ele, estão entre as maiores vítimas de “bullying”.
Marcelo Bluma (PV), por sua vez, também prometeu eleição direta para diretores, 1/3 de hora planejamento e ampliação de vagas na Educação Infantil.
Reinaldo Azambuja (PSDB) prometeu a contratação de mil professores na rede municipal para suprir a lacuna que seria aberta pelo cumprimento de 1/3 da carga horária destinada ao planejamento. Ainda pregou prioridade na tecnologia em salas de aula como lousas digitais, bem como o aumento do número de Ceinfs (Centro de Educação Infantil).
O último a falar sobre suas propostas foi Alcides Bernal, que afirmou sempre ter estudado em escolas públicas. Também disse que sua família possui muitos professores, “que sofrem com perseguição e medo de trabalhar” por conta da insegurança nos estabelecimentos educacionais.
Prometeu o cumprimento de 1/3 de hora planejamento e mais escolas em tempo integral. Por fim, disse que está sendo vítima do que chamou de “perseguição criminosa” na campanha.