Candidatos prometem transparência e combate à corrupção em evento
Sabatina da OAB-MS ainda teve assinatura de pacto firmado pelos candidatos ao governo
Cinco candidatos ao governo prometeram transparência na gestão pública e medidas de combate à corrupção caso assumam o comando do Estado. Eles participaram de evento na OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de MS), onde além de divulgar suas propostas, ainda assinaram um pacto formalizado pela entidade, que terão que cumprir caso sejam eleitos.
O evento teve a participação dos candidatos: Reinaldo Azambuja (PSDB), Odilon de Oliveira (PDT), Junior Mochi (MDB), Marcelo Bluma (PV) e João Alfredo (PSOL). Humberto Amaducci (PT) foi o único que não compareceu porque já tinha uma agenda de campanha marcada, para o horário da sabatina.
Cada candidato teve de 5 a 10 minutos para expor suas propostas, sem poder citar qualquer adversário, pois não haveria espaço para debate. Eles assinaram um pacto, tendo compromisso com oito pontos: cidadania, transparência na gestão pública, combate ao caixa 2 de campanha, gestão com metas e planejamento, valorização da gestão participativa, meritocracia, responsabilidade iscal e combate a corrupção.
Marcelo Bluma – O candidato defendeu a transparência na gestão pública, com ações específicas para desenvolver o Estado, com a criação de um polo de turismo e outro de tecnologia da informação, com a criação de aplicativos e sistemas de informática.
Outra proposta é uma ação em conjunto com o Poder Judiciário, para dar mais celeridade aos processos judiciais, que tratam dos direitos do cidadão. “Para conseguirmos ações efetivas precisa de um grande debate, que consiga diminuir a demora para se ter resultado nestas decisões”.
João Alfredo – O candidato do PSOL disse que sua primeira ação é “renunciar ao foro privilegiado, tendo como foco no governo a “redução da desigualdade social”. Ele entende que os investimentos precisam ser maiores na educação e melhor “distribuídos” para as demais funções. “Esta mudança começa pelos poderes que tem orçamento muito maiores do que se precisa”.
Ele ainda defendeu a reforma agrária e ajuda para agricultura familiar, no entanto não concorda com “invasões de terra”, apesar de ser segundo ele, um “candidato de esquerda”. Também quer mudar o sistema de política que é desenvolvido no Estado. “Não pode ser um sistema injusto e nem balcão de negócios”.
Junior Mochi – Para o emedebista se for eleito precisa fazer um “diagnóstico da realidade” e um plano emergencial de 100 dias. Ele quer fortalecer o “controle social” para evitar que ocorra os casos de corrupção, pois depois do fato, só resta buscar o ressarcimento. Além dos temas principais, cita uma atenção especial com infraestrutura e logística. “O que gera emprego e distribui renda”.
Também lembrou do cuidado com o “trânsito”, que segundo ele, é responsável por metade dos gastos com saúde pública. Ainda citou a importância do equilíbrio fiscal. “Não se pode gastar mais do que se arrecada, pois assim nenhum governo consegue sobreviver”.
Reinaldo Azambuja – O governador disse que além de novas propostas, tinha que defender o que fez no primeiro mandato. Citou avanços em cidadania com a criação de subsecretarias para mulher, indígenas e direitos humanos, assim como nota máxima em transparência. Lembrou as ações de meritocracia, e a cobrança de metas, sendo que cumpriu 70% do prometido.
Para gestão eficiente, relembrou o teto de gastos aprovado, ajuste fiscal e reforma da previdência que equilibrou as contas públicas. Ainda criou a CGE (Controladoria Geral do Estado) e teve avanços como regionalização da saúde, índices positivos na segurança e crescimento no aprendizado nas escolas. “Além do maior salário de professor do País”.
Odilon de Oliveira – O candidato do PDT disse que vai “intensificar” a regionalização da saúde, além de propor um trabalho em conjunto entre as polícias, para combater a criminalidade, principalmente na fronteira. Ainda ponderou que todo gestor precisa estabelecer critérios, entre eles o de “tolerância zero” com a corrupção.
Para geração de empregos, disse que o governo precisa ser “parceiro” do setor empresarial, com concessão de incentivos, sem “ações de terror” contra empresas. Disse ainda que precisa “desestimular” a sonegação de impostos, para que o Estado possa se desenvolver.