Carga tributária justa, estrutura e 450 km de asfalto: Riedel pontua desafios
Riedel destacou ações para o desenvolvimento e busca pelo pleno emprego
Ao elencar os feitos e os desafios que Mato Grosso do Sul deve enfrentar para receber investimentos e crescer mais, o governador Eduardo Riedel (PSDB) destacou, na noite desta segunda-feira, o esforço por uma carga tributária justa e os investimentos em logística e infraestrutura. Ao falar sobre o Ano 1, que ele disse preferir em vez do tradicional balanço de cem dias, fez um discurso cheio de dados e números para um público de políticos e técnicos no auditório lotado da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.
Nas palavras do governador, apresentar infraestrutura é essencial para os desafios do crescimento econômico e esse foi um dos tópicos centrais do discurso. O Estado passou a se destacar no setor da celulose, com a gigante Suzano já em fase de instalação em Ribas do Rio Pardo e nos próximos anos a instalação da Arauco em Inocência. Hoje, Riedel lembrou do investimento espanhol em energia solar, com a implantação de uma fazenda de 3,5 mil hectares de placas solares. Há ainda o crescimento e expansão do agronegócio, que coloca o Estado em destaque nacional na área e atrai indústrias de biocombustíveis.
Nesse sentido, Riedel apontou a concessão de 650 quilômetros de rodovias e a análise de outros 600 quilômetros, mencionou R$ 1,2 bilhão para a implantação de 450 quilômetros de asfalto e a ajuda que o Estado apresentará para os municípios também aumentarem as vias pavimentadas. O desenvolvimento econômico vai comportar ainda um segundo porto em Porto Murtinho, conforme o governo. Hoje, a hidrovia Paraguai Paraná é utilizada para escoar grãos e minério.
O Estado está no percurso da Rota Bioceânica, criando um acesso via portos chilenos ao Oceano Pacífico e que vai facilitar envio de produtos à Ásia. Nesse tema, Riedel disse que a agenda estadual converge com a federal.
Segundo ele, há um investimento recorde em infraestrutura, como a ampliação da rede de saneamento, com o desafio de o Estado ser o primeiro a ter a universalização dos serviços, com recursos próprios e por meio de uma PPP (parceria público-privada), a rede de esgoto será expandida e, na sequência, ampliada a malha asfáltica em todas as cidades.
Conforme o governador, outro desafio é se aproximar do pleno emprego. Ele mencionou que Mato Grosso do Sul tem a terceira menor taxa de desemprego entre os estados, com 10,5 mil empregos novos nos dois primeiros meses do ano e oferece um voucher de qualificação para trabalhadores se atualizarem. Segundo ele, o Estado deve produzir um crescimento inclusivo e sustentado.
Sobre a eficiência da máquina pública, pontuou que mantém um olhar de cidadão comum, para que os compromissos sigam vivos, como a necessidade de combater lentidão, não permitir que a burocracia emperre a força produtiva. O aperfeiçoamento dos serviços, disse, inclui contas equilibradas, austeridade, transparência e eficiência, combatendo desperdício de recursos.
Para finalizar o que disse ser um compromisso para os 1.360 dias à frente, Riedel disse que o esforço deve ser de todos. “Chegou a hora, vamos todos com as mãos às obras”.
