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Política

Carlão só abre mão de concorrer à prefeitura se for candidato a vice

No 4º mandato, o presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, o “Carlão”, explica planos do PSB

Por Caroline Maldonado | 16/01/2024 12:55
Presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB). (Foto: Marcos Maluf)
Presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB). (Foto: Marcos Maluf)

O ano é eleitoral e Campo Grande já tem, pelo menos, cinco políticos na disputa à prefeitura. O momento é de mostrar sua força política aos concorrentes e estudar as possibilidades antes de tudo, no caso do presidente da Câmara Municipal, vereador em quarto mandato, Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB). Ele não esconde que, sendo convidado a ser candidato a vice, vai aceitar, mas menos que isso, já adianta, que não. Ele quer que o PSB tenha condições de eleger ao menos três vereadores.

Se você não é candidato a nada, você não é lembrado”, diz Carlão.

O PSDB, o MDB e o Avante querem apoio do PSB (Partido Socialista Brasileiro), segundo o vereador. Fica claro, portanto, que ele espera apenas que os partidos concorrentes decidam se vão oferecer a ele o espaço desejado na chapa. Tudo depende de muitas conversas e das pesquisas internas, aquelas com as quais os partidos buscam saber o perfil de prefeito e vice que a população quer ver nas urnas.

Em entrevista ao Campo Grande News, Carlão detalha os últimos desdobramentos nas negociações para as eleições, perspectivas e como o trabalho na Câmara Municipal segue paralelamente aos bastidores da véspera de eleição.

Estamos avaliando se o PSB terá recursos vindos do Fundo Partidário, porque não queremos “matar” a chapa de vereadores. Temos que lançar, no mínimo, 30 candidatos, sendo 21 homens e 9 mulheres”, comenta Carlão.

Ele explica que se insistir em ser candidato a prefeito com pouco dinheiro no caixa do partido, sabe que não terá grandes chances de eleição e ainda vai desperdiçar recurso que poderia ser usado para conquistar cadeiras na Câmara Municipal para aumentar a representatividade do PSB, que hoje tem apenas ele.

Do PDT (Partido Democrático Trabalhista) virá o vereador Marcos Tabosa, em março, quando os parlamentares podem mudar de partido, sem perder o mandato.

“Não vou me gabar, mas minha reeleição como vereador é de quase 80% garantida, porque a gente presta um trabalho diário e eleição de vereador só perde quem não atende o povo. Não quer dizer que estou reeleito, mas tem chance de continuar. Agora, se tivermos uma conjuntura em que seja candidato a vice-prefeito, coloco meu nome à disposição também. Nossa prioridade é ter majoritária e não ficar como coadjuvante”, diz Carlão.

Reconhecido pela facilidade em falar de forma simples e evitar confrontos, sem perder a firmeza de se posicionar quando necessário, o vereador faz algumas críticas à gestão da prefeita Adriane Lopes (PP), mas revela que ela é sua amiga.

Da mesma forma, sempre evita ofender o secretariado, quando reclama dos problemas antigos da Capital, como buracos em ruas, falta de manutenção em postos de saúde e filas intermináveis para exames e consultas com especialistas.

Presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB), durante sessão ordinária em dezembro de 2023. (Foto: Divulgação/CMCG)
Presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB), durante sessão ordinária em dezembro de 2023. (Foto: Divulgação/CMCG)

Quando o “martelo bater” e Carlão for candidato a prefeito ou vice, garante que vai continuar “separando as coisas” no que tange ao trabalho na Câmara Municipal e a corrida eleitoral.

Os vereadores que fizerem oposição partidária, com cunho político, não vou permitir e acredito que não vão nem ser eleitos, porque a população está de olho já nesse tipo de postura”, opina Carlão.

Foco na filantropia - Com base eleitoral nos bairros da periferia, Carlão destaca que vai continuar fazendo mandato e campanha como sempre fez, focado na “ajuda aos que mais precisam e na hora que mais precisam”. Isso quer dizer ajudar com recursos financeiros, desde quem precisa de um exame na rede particular, porque o SUS (Sistema Único de Saúde) não está oferecendo, até quem não tem condições de fazer o sepultamento de um familiar.

Ele recebe críticas dos candidatos “de bandeiras e redes sociais”, que vão surgindo com um novo jeito de fazer política, mas não se importa.

“Respeito todos os candidatos e temos que respeitar as urnas também, se o povo escolheu, mas tem coisa que não espera. O candidato tem que ter seu lado humano, mas tem gente que fica longe no povo, somente na rede social”, diz.

O trabalho de filantropia Carlão faz por meio da Ucaf (União Campo-grandense de Associação de Moradores em Favelas e Assentamentos). Ele já foi presidente, mas está afastado. Apesar disso, é para a entidade que ele encaminha pedidos de ajuda que chegam diariamente.

Projetos  - Na Câmara, antes das eleições, o presidente tem ainda pela frente a discussão do projeto de reforma administrativa para enxugar gastos e fundir secretarias, que a prefeita deve enviar à votação entre os parlamentares. “Desde que não prejudique o servidor concursado, a gente vai apoiar. A estrutura pública da prefeitura é muito grande”, opina.

Além disso, a Casa de Lei espera os projetos para alterar a Lei do Silêncio, definir nova concessão do estacionamento rotativo da região central e a isenção de ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) como subsídio ao consórcio Guaicurus para segurar o preço da passagem de ônibus.

O vereador acredita que a prefeitura poderia fazer um acordo com a concessionária Guaicurus, desde que a empresa se comprometa com melhorias pontuais, como colocar um quantitativo específico de veículos novos com ar-condicionado nas ruas.

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