Cinco deputados de MS votaram pela intervenção na segurança do Rio
Os petistas foram contra e Dagoberto Nogueira (PDT) não votou, conforme Portal da Câmara Federal
Cinco deputados federais de Mato Grosso do Sul votaram pela aprovação da intervenção federal no Rio de Janeiro (RJ), dois foram contra a medida e um parlamentar não votou. O decreto assinado pelo presidente da República, Michel Temer (MDB), recebeu 340 votos favoráveis, 72 contrários e uma abstenção, de acordo com o Portal da Câmara.
Agora, o texto segue para análise do Senado. Se for confirmado também naquela casa de leis, a estrutura de Polícia Militar, Civil, Corpo de Bombeiros e administração penitenciária estarão sob o comando do General do Exército Walter Braga Netto, que lidera o Comando Militar do Leste (Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo).
De MS, Elizeu Dionísio e Geraldo Resende, ambos do PSDB, Luiz Henrique Mandetta e Tereza Cristina, os dois do DEM, Fábio Trad, do PSD, votaram a favor. Foram contra: José Orcírio Miranda dos Santos e Vander Loubet, ambos do PT.
Dagoberto Nogueira (PDT) não aparece na lista de votantes da bancada federal de MS, disponibilizada pelo Portal da Câmara. Em entrevista ao Campo Grande News, ontem, o parlamentar relembrou que a intervenção poderia impactar a votação da reforma da Previdência. A reportagem tentou contato com ele nesta manhã, mas a ligação não foi atendida.
Entenda - A intervenção federal nos estados é prevista na Constituição, mas nunca havia sido adotada. Temer justificou seu uso para "conter grave comprometimento da ordem pública". Ainda não há definição de como será realizada ou sobre financiamento complementar federal.
A decisão do governo ocorre depois de casos de violência ocorrida durante o Carnaval no Rio. Houve tentativa de assalto durante tiroteio na Tijuca, zona norte da cidade. Um caminhão também foi saqueado na mesma região.
Relatora da proposta, deputada Laura Carneiro (MDB-RJ), incluiu duas sugestões ao governo federal em seu parecer. Ela pediu que a União apresente recursos federais em caráter continuado, a serem usados na segurança pública e nas áreas de assistência social.