Claudinho apresenta atestado psiquiátrico de 30 dias e vai para fila do INSS
Vereador ficou 120 dias afastado após alegar “abalo psicológico” durante dias na prisão
O vereador Claudinho Serra (PSDB) protocolou na manhã desta sexta-feira (13) um novo atestado médico que o afasta por mais 30 dias.
O número do CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) não foi divulgado, mas a informação é que se trata de um atestado psiquiátrico. O suplente, vereador Gian Sandim (PSDB), permanecerá na vaga.
O parlamentar ficou 120 dias de licença após o médico confirmar que ele estava ‘psicologicamente abalado’. Claudinho ficou preso por 23 dias, por ser alvo de operação Tromper, em abril deste ano, contra corrupção na Prefeitura de Sidrolândia. Na cadeia, ele viu o companheiro de cela morrer ao lado dele.
O prazo da licença venceu nesta quinta-feira (12) e o parlamentar teria três alternativas: novo atestado médico, renúncia ou retorno das atividades. Ele optou pelo primeiro. Vale ressaltar que o parlamentar nunca mais foi visto publicamente.
Com o atestado superior a 15 dias, a empresa, no caso em questão, a Câmara Municipal, passa o pagamento para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O valor a ser pago depende do total recolhido, que inclui outras empresas e cargos comissionados no serviço público, também sob o regime previdenciário. O cálculo do benefício, no geral, é de 91% sobre a média de 80% de seus maiores salários de contribuição.
Morte na cela - O vereador contou que viu um homem morrer no presídio, o que o deixou transtornado, por isso a necessidade de tratamento. O preso em questão é o PM reformado que assassinou um empresário dentro do Procon. José Roberto de Souza, 54 anos, também estava no Centro de Triagem Anísio Lima e passou mal na cela, mas morreu no hospital, por problemas cardíacos no dia 19 de abril.
Na ocasião o presidente da Casa de Leis, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), comentou o caso. "Eu entendo que ele está abalado, porque acho que morreu um preso do lado dele lá. Acho que estava na mesma cela dele lá. Morreu do lado dele. Então ele está abalado. E aí ele consultou e o médico pediu para ficar uns dias afastado”.
Prisão - Claudinho foi preso no dia 3 de abril, alvo da 3ª fase da Operação Tromper, que desvendou esquema de corrupção por meio de fraude em licitações para a obtenção de contratados milionários com a Prefeitura de Sidrolândia.
O tucano, antes de ser vereador na Capital, foi secretário de Fazenda no município do interior governado pela sogra, a prefeita Vanda Camilo (PP). O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciou 22 pessoas por envolvimento no esquema fraudulento. A acusação alega que o grupo tinha “atuação predatória e ilegal”, agindo com “gana e voracidade”.
Na lista de investigados estão os três considerados chefes do esquema: Claudinho Serra", o empresário Ricardo José Rocamora Alves e Ueverton da Silva Macedo, o “Frescura”.
Na denúncia ofertada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e 3ª promotoria de Sidrolândia, Claudinho Serra foi denunciado por associação criminosa, fraudes em contrato e em licitação pública, peculato e corrupção passiva; Rocamora por fraude em licitação e corrupção ativa, assim como “Frescura”, também acusado de peculato.
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