Com 15 candidatos, disputa tem chapa pura, solução caseira e olho no 2º turno
Além de uma explosão de candidaturas em Campo Grande, a eleição deste ano é marcada pela predominância de chapa pura e soluções caseiras para formação da chapa na disputa pela prefeitura. Das 15 candidaturas, dez são chapa pura. Ou seja, o candidato a prefeito e vice são do mesmo partido. Nesta situação estão: PRTB, PP, PPS, Psol, PSC, PSDC, PTN, Pros, PMB e PCO.
Já duas siglas optaram por soluções domésticas. O PCO tem filho candidato e mãe na vice. O PSDC aposta em chapa com pai e filho. O Partido da Causa Operária primeiro lançou Alexsandro Arce Durand, que depois desistiu e repassou a vaga de candidato a prefeito para o irmão José Flávio Arce. Ele continua fazendo a chapa majoritária, com Eclair de Oliveira, mãe do candidato.
No Partido Social Democrata Cristão, a dobradinha é entre Elizeu Amarilha e o filho Márcio Marques Mattos. De acordo com o advogado André Borges, que é ex-juiz eleitoral, a legislação não proíbe essa modalidade de parceria. “ Pode parecer estranho candidatos a prefeito e vice serem parentes. Mas isto não é vedado pela legislação. A vedação do nepotismo não se aplica ao assunto eleição e vale apenas aos casos de nomeações para cargos comissionados no serviço público”, afirma o advogado.
Interesse – Já o crescimento expressivo do número de candidatos num período de descrédito em relação aos políticos pode ser visto tanto pela ótica de crescimento de espaço de debate quanto pela do interesse no segundo turno.
"No caso de Campo Grande, boa parte dessas siglas estão pensando apenas no segundo turno para apoiar o partido que oferecer maiores benefícios. O cenário que se vislumbra no próximo mês de outubro está mais para um acerto de contas do que para um encontro democrático entre eleitores, candidatos e partidos políticos", afirma o cientista politico Eron Brum.
O número de concorrentes nesta eleição é quase o dobro das eleições de 2012. Comparado há 20 anos, o total triplicou. Conforme os dados disponíveis no site da Justiça Eleitoral, foram cinco candidatos em 1996. O mesmo número se manteve nas disputas de 2000,2004 e 2008. A explosão de candidaturas no processo eleitoral de 2016 traz de nomes conhecidos na política até quem nunca disputou uma eleição. São 13 homens e duas mulheres.
A lista de candidatos é formada por: Adalton Garcia (PRTB), Suel Ferranti (PSTU), Rose Modesto (PSDB), Coronel Carlos Alberto David dos Santos (PSC), Elizeu Amarilha (PSDC), Marcos Alex (PT), Marcos Trad (PSD), Athayde Nery (PPS), Aroldo Figueiró (PTN), Marcelo Bluma (PV), Luiz Pedro Guimarães (Pros), Alcides Bernal (PP), Pedro Pedrossian Filho (PMB), Rosana Santos (Psol) e José Flávio Arce (PCO).